Advertisement

Main Ad

7a Jornada - LIGA BPI


            A 7ª jornada da LIGA BPI chegou ao fim e com ela temos uma tabela classificativa totalmente diferente e reveladora de muita incerteza sobre a classificação final de cada equipa no fim deste campeonato. A consistência e superiorização sobre os adversários não tem sido nota de destaque e temos um campeonato equilibrado e completamente em aberto. Esta é a LIGA BPI!


SCU Torreense 3-3 CA Ouriense


Quem esperava um Torreense dominador e a resolver cedo o jogo, claramente que se enganou. O que se tem assistido nas últimas jornadas até poderia levar a pensar nisso, no entanto, este jogo demonstrou também a irregularidade exibicional que este Torreense tem.

Os primeiros 15' até trouxeram um Ouriense atrevido e a tentar condicionar a equipa da casa. Ainda assim, o Torreense ia acalmando o jogo e tentando controlar em posse e quando assim era, o Ouriense sentia mais dificuldades. As duas equipas acabariam por chegar à baliza apenas através de remates de longe. 

Nesta fase, o Ouriense ia se aproximando um pouco mais da baliza adversária, muito na base da insistência e da raça. Quando menos se espera os erros chegam de quem menos tem errado... Perto dos 20' o Torreense mantém a bola e tenta variar o centro do jogo para as costas de Jeka, mas sai demasiado longo. Ana Rita Oliveira tentou que a bola não saísse, só que acaba por largar e Rufino estava por perto, ficando com a bola e marcando o primeiro golo da partida de forma fácil. 

Daqui em diante o Ouriense sentiu muitas dificuldades na pressão sobre o seu adversário e não conseguiu incomodar as jogadoras do Torreense, que assim jogavam com espaço e a seu belo prazer. A distância entre setores, o facto da última linha estar muito distante das restantes e a proteger-se, ajudava a isso. O Torreense podia ter dilatado o marcador por duas vezes, permitindo a defesa de Ana Rita Oliveira em situações de golo claro, primeiro por Jassie e depois por Maria Ferreira.

A regra é clara e quem não marca, acaba por sofrer. O Ouriense continuava a colocar uma avançada no espaço interior entre central/lateral do lado direito do seu ataque para servir de apoio frontal e servir Lorena na velocidade (ou a lateral vinda de trás) e estava a criar dificuldades através desse posicionamento. Pinheiro após um remate de fora de área que é desviado fica na cara de Leonor, mas a guardiã faz uma grande defesa para canto. Na sequência, Leonor sai-se mal ao lance e permite a Caniço ficar com a bola e com a baliza descoberta remata, mas Rufino tira em cima da linha de golo. Até que o golo acabaria por chegar num cruzamento vindo da esquerda, Leonor Faria dá um passo em falso em frente, dando a ideia de intenção de sair-se para dominar a zona, mas acaba por ficar expectante, enquanto Gi acaba por se deixar antecipar por Lorena que acaba mesmo por empatar a partida num movimento à ponta de lança.

A primeira parte não ficaria por aí. Maria Ferreira com a bola nos pés (tal como Jassie) continuavam a criar dificuldades ao adversário e, logo de seguida, a bola vai ao meio, acaba por entrar em Maria Ferreira que serve Margarida na direita e esta sozinha cruza para Jassie dominar, rematar contra a GR em primeiro, mas depois empurrar a bola para a baliza, colocando de imediato a sua equipa em vantagem novamente.

A segunda parte acabou por ser mais jogada com o coração do que com a cabeça, tal como os desenvolvimentos mais marcantes da partida acabaram por mostrar.  

O Ouriense acabou por entrar mais compacto e a assumir um maior risco, mantendo um bloco médio bastante mais junto e dando menos espaço ao adversário para jogar por dentro do seu bloco com extrema facilidade, apanhando a equipa descompensada em zonas proibidas.

Os primeiros 15 minutos foram de muita disputa, mas sem grandes oportunidades. A entrada de Haakenson para a frente de ataque, viria a mudar instantaneamente o jogo. A avançada através dos seus movimentos de rutura trouxe novas dificuldades à defesa do Torreense. Foi precisamente através de um desses movimentos após um excelente passe de Lorena, que Haakenson viria a ser derrubada dentro de área e a ganhar um penalti para a sua equipa. Lorena converteu e deu o empate à sua equipa!

A partir daqui, Maria Ferreira chamou a responsabilidade para si e andou um pouco por todo o lado a tentar receber para servir ou mesmo aparecer em espaços vazios a criar desequilíbrios por si mesma. O posicionamento de Paloma mais como segunda avançada e Maria Ferreira mais como 10, também lhe permitiam uma maior flexibilidade nas zonas que poderia pisar. 

Na sequência de um canto, a bola acaba por ser cortada e Paloma ao disputar o lance acaba por levar um "chega para lá" e a árbitra assinala penalti (duvidoso pareceu). Jassie acabaria mesmo por bisar na partida e colocar a sua equipa em vantagem novamente.  

Só que, ao longo da segunda parte já se tinha sentido algumas jogadoras mais desconectadas da partida e a cometerem demasiados erros, com algumas perdas de bola de forma infantil até, do lado do Torreense. E aos 85' na sequência de um canto, Sudré ainda salvou em cima da linha, mas Lorena viria novamente a ganhar a bola à vontade e a rematar para o seu hattrick. Tudo com muita passividade dentro da área do Torreense!

Até final, Paloma ainda seria bem expulsa numa entrada imprudente e apesar de jogar com 10 a equipa da casa ainda tentou, mas viria mesmo a conseguir somente 1 ponto deste jogo.

Destaques para as exibições de Maria Ferreira, Rufino e Jassie do lado do Torreense e Lorena Santana no lado do Ouriense.


Valadares Gaia FC 0-0 Racing Power FC


Jogo grande e de muitas expetativas.

Um Valadares com um início de época absolutamente fantástico, mas que vinha de um empate com o Torreense e um Racing Power que começou mal, no entanto, tem vindo a subir a pulso na tabela.

O 11 do Racing tinha como novidade a integração de Beatriz Rodrigues como segunda avançada (talvez pela sua condição física) enquanto do lado do Valadares a novidade era Cristina Ferreira na frente.

Uma primeira parte sem muitas oportunidades, mas entretida e quentinha.

Muitos duelos, muitas segundas bolas e um jogo a encaminhar-se na direção daquilo que o RP queria. O Valadares foi incapaz de assentar o seu jogo ao longo de toda a primeira parte, não se vislumbrando o futebol a que tem habituado os seus adeptos. Enquanto o meio-campo do Racing se ocupava em disputar todos os lances e preencher o campo todo, Da Costa e Barboz procuravam colocar algum perfume no meio campo da equipa de Gaia, mas não estavam a ser acompanhadas pelo resto da equipa.

O Racing procurava a habitual vertigem a partir das alas, principalmente por Mercy, mas sem sucesso. Evy do lado oposto estava a ser importante também no trabalho defensivo, impedindo assim as incursões de Mégane.

Com pouco espaço para jogar, o Racing colocava sempre muitas jogadoras ao redor do centro da bola e procurava pressionar a todo o campo, não dando espaço nem tempo às jogadoras de Gaia.

A melhor oportunidade para o Valadares surge após o quarto de hora. Lançamento lateral de Mégane para Cristina Ferreira, esta serve Cris que coloca nas costas da defesa para Baleia, mas a extrema já dentro de área remata ao lado.

Respondia o Racing Power nos minutos seguintes. Após algumas bolas pelo ar, Seppi a controlar bem a profundidade e a sair-se para cortar o lance, mas a bola sai frouxa e sobra para Mercy que remata, mas a bola a sair ao lado.

A partir daqui, não houve ocasiões de maior para as duas equipas. Um remate de Barboz de longe e que Micha agarrou facilmente e um de Evy que ao ver Seppi adiantada rematou, mas a bola saiu ligeiramente ao lado.

A segunda parte acaba por trazer um jogo dentro do mesmo ritmo. Apesar dos muitos duelos e confrontos que existiram ao longo da segunda metade, as ocasiões flagrantes surgem durante este período.

Já para lá da hora de jogo, Campino cruzou e Evy ao tentar receber a bola é derrubada. Inicialmente a árbitra admoestou-a por simulação, mas o VAR mostrou-lhe que essa interpretação poderia estar errada, tendo mesmo a árbitra apontado para a marca de penalti. Neuza bateu, mas permitiu a defesa de Seppi.

O jogo continuou com intensidade, mas mais aberto para ambos os lados. Reagia o Valadares e procurava chegar à vantagem. Queiroga de livre ainda tentou tirar as medidas à baliza de Micha, mas atirou por cima. Logo de seguida, Barboz ainda rematou de esquerdo e fraco a demonstrar a insegurança de Micha que quase largou a bola de forma incrível.

O melhor que o Valadares viria a conseguir seriam duas oportunidades flagrantes seguidas perdidas por Mégane. Queiroga a cruzar e Mégane apareceu solta de marcação nas costas de Beatriz Rodrigues. A lateral com tempo para tudo, ainda adornou e depois é que rematou (podia ter rematado de primeira dificultando a vida à GR), permitindo a defesa de Micha numa boa mancha. O lance devolve-lhe a bola, mas Mégane volta a rematar ao lado. Duas grandes ocasiões para cada lado que não foram convertidas.

Enquanto isso Sini ia enchendo o meio-campo, Parker não dava tréguas a Vetter e o resultado não se viria a alterar. Evy foi igualmente importante para a sua equipa e Seppi vestiu a capa de herói. 


LANK Vilaverdense 1-2 Clube Albergaria

Primeira parte com claro ascendente para o Lank. Uma equipa que se apresentou com Laura mais como avançada do lado esquerdo e parece que essa supremacia no interior ia resultando.

Uma equipa de Albergaria com muitas dificuldades em jogo posicional (seja em que fase for e com pressão ou não) e que entrou com uma ideia fácil de interpretar de se "arrumar" defensivamente e depois sair em contra-ataque. Apresentou-se com um ataque bastante móvel, mas a principal agitadora era Lewis.

O jogo começou com um maior à vontade do Lank com bola (tal como em toda a primeira parte). As despesas ficaram por conta do Lank, que ia assumindo o jogo com tranquilidade e tentando explorar o corredor esquerdo em velocidade por Carol.

No entanto, as melhores ocasiões surgiram em primeiro de bola parada. A primeira num canto estudado batido ao primeiro poste cabeceado por Pâmela que é salvo em cima da linha. O segundo num livre batido por Joyce, perto do meio-campo para a cabeça de Estefânia que mete para o 2° poste onde estava Pâmela e esta volta a assistir para o lado oposto, mas a central falha o remate.

Praticamente logo de seguida Laura aparece na cara da GR após passe longo vindo do centro da defesa e segunda bola ganha por Nhu que a assiste imediatamente, mas a espanhola remata a centímetros do poste.

O Albergaria, o melhor que conseguiu foi através de dois lances individuais de Sofia Lewis. Primeiro na direita a ir para cima em velocidade e a cruzar rasteiro para o interior da área, mas ninguém consegue empurrar a bola para a baliza. A segunda ocasião já perto do fim da primeira parte numa recuperação no corredor esquerdo e saída em velocidade, assiste Healy que falha o remate de frente para a baliza.

Tudo a zeros ao intervalo.

A segunda parte trouxe algumas mudanças, nomeadamente na forma como o Albergaria veio pressionar um pouco mais à frente, mas algo não se alterou: a vontade do LANK em chegar à vantagem. A passagem forçada de Laura para o corredor central veio dar ainda mais força para que isso acontecesse e permitiu que a equipa recuperasse mais vezes a bola no seu meio-campo ofensivo. Logo aos 52', após uma dessas recuperações a bola acaba por rodar por trás até voltar novamente a Laura que serve Carol (agora a jogar por dentro) e esta marca um golaço num remate de belo efeito de longe em que a bola bate na trave antes de se aninhar nas redes da baliza de Sheppard.

A equipa de Vila Verde continuou a procurar chegar mais vezes à frente e foi superior até aos 80'. O Albergaria procurou responder colocando mais peças à frente a pressionar e a dar menos tempo às defesas do LANK para pensar e executar. Healy era o elemento mais após a saída de Sofia Lewis (opção estranha para quem queria ganhar).

A americana Healy ainda incomodou por duas vezes antes da equipa chegar ao empate. É dela que sai uma boa arrancada à esquerda para cruzamento para Mariana Couto que atira ao lado. A segunda após nova arrancada a partir da esquerda, tira uma adversária por cima e remata por cima da baliza com tudo.

A equipa do LANK que vinha a dominar a partida a partir da manutenção da bola e de bons envolvimentos entre as suas atletas, acabou por perder o discernimento após o tempo se começar a encaminhar para o fim da partida, cometendo erros que até aqui não tinha cometido.

Aos 82' Selena envolve-se no ataque e sozinha no corredor acaba por tropeçar e cruzar para fora. A retoma do jogo foi rápida e apanhou o LANK em contrapé, saindo as defesas da sua posição na intenção de recuperar a bola e assim, deixaram a sua defensiva demasiado a descoberto. Teria sido preferível a temporização das defesas no espaço central e/ou a paragem de um raro momento de transição através da falta, promovendo assim o regresso das restantes companheiras. Bola enviada para o corredor deixado a descoberto por Selena, passe para Healy que carrega até entrar na área e cruzar para Rita Montenegro que à meia-volta remata com a bola a bater no poste antes de se consagrar o empate na partida.

A ansiedade demonstrada pela equipa ia sendo travada pelo gelo de Laura, Dutra e Gabi numa tentativa de acalmar a partida, mas não foi totalmente conseguido pois, as más notícias não paravam de chegar.

Aos 91' lançamento para o LANK no seu meio-campo, bola recuperada a entrar em Healy que tenta conduzir mas permite a interceção de Joyce. A central tenta sair a jogar no meio de muitas jogadoras no centro da bola e acaba por perder, ficando Pipa com a bola. Esta sai no drible e remata fora de área, ficando Croco muito mal na fotografia e a não conseguir segurar o empate para a sua equipa.

Destaques na equipa do LANK para Gabi que foi a principal ameaça à defesa de Albergaria, além de Laura que foi importante tanto mais à frente como depois no centro do terreno, além de Carol que marca um belíssimo golo de longe. Do lado de Albergaria, Sofia Lewis esteve no melhor que a equipa apresentou na primeira parte, Healy carregou a equipa quando em desvantagem e procurou ser solução, sendo Rita Montenegro o joker da treinadora espanhola, evidenciando maior verticalidade no centro do terreno e um destaque claro para Pipa que acaba por marcar o golo da vitória.


SC Braga 0-1 SL Benfica


O jogo começou com 20' de atraso devido à remarcação das linhas, que estavam praticamente impercetíveis devido à geada que se tinha feito sentir antes da partida.

Frente a frente as duas equipas que ainda não tinham qualquer derrota e que se encontravam no topo da tabela.

O Braga fez somente uma alteração no 11 com a integração de Carolina Mendes. 

O Benfica entrou a todo o vapor no jogo e nos primeiros minutos tentou aproximar-se da baliza e garantir desde logo a vantagem. A equipa bracarense assente em 1-4-4-2 com a colocação de Baldwin a preencher o centro do terreno, Sissi a fechar à direita e Ana Rute com um papel importantíssimo a fechar à esquerda e a acompanhar a movimentação de Lúcia Alves, não a deixando com tanta liberdade no corredor. 

O Benfica poderia ter chegado à vantagem em duas boas ocasiões. Primeiro por Jéssica que dentro de área perdeu uma oportunidade flagrante ao demorar demasiado na receção e remate e a permitir a Melissa o corte quase em cima da linha. Depois Andreia Faria, após receber um passe vindo da direita, tira uma adversária da frente dentro da área e rematou, mas o remate acabou por ser bloqueado. 

No entanto, o Braga bem organizado e a controlar bem a profundidade ia colocando dificuldades ao ataque benfiquista lançando-lhe a armadilha do fora de jogo por várias vezes. 

Com isso, o jogo foi perdendo energia e as oportunidades não se multiplicaram. O Braga poderia ter chegado ao primeiro golo após uma boa jogada com Kehrer a levar Lena Pauels a uma bela defesa e na sobra, Ana Rute com a baliza escancarada, a atirar às malhas laterais.

A segunda parte trouxe um jogo muito competitivo e com as equipas a venderem caro os pontos da partida. O Benfica manteve a bola por períodos mais longos e isso ajudava a que estivesse mais perto de conseguir marcar. Um Braga muito compacto, a posicionar-se de forma ótima no momento defensivo e a não dar grandes espaços para criação.

O Benfica chegou de forma perigosa através de um lance individual de Lúcia Alves que após uma variação do jogo através de um passe longo de Norton, dominou e puxou para o remate, permitindo uma boa defesa de Morais. Surgiu uma outra oportunidade após uma recuperação e saída para ataque rápido conduzido por Nycole que no último momento soltou para Faria e esta na cara da GR permitiu nova bela defesa de Morais. 

Respondeu o Braga através de Kehrer em primeiro e Carolina Mendes depois. O Benfica tentou sair em construção, Marau antecipa-se (grande exibição) e entrega em Kehrer, esta conduziu e rematou para grande defesa de Lena. Num canto batido da direita a bola andou perdida dentro da pequena área até chegar aos pés de Carolina Mendes e esta sem medos chutou para uma defesa no limite de Lena, daquelas que valem pontos. 

O Benfica acabaria por chegar à vantagem, talvez na única vez que o Braga não conseguiu lançar a armadilha do fora de jogo. Bola recuperada na direita, Mariana Azevedo (acabada de entrar) coloca Jéssica Silva em jogo e esta conduz quase desde o meio-campo, cruza para Nycole que friamente deixou para Alidou, que permitiu uma grande defesa em deslocamento de Morais, mas a bola sobrou para Kika que inaugurou o marcador. 

A partir daqui o jogo foi muito disputado, Madalena Marau ainda cabeceou à parte de cima da trave, num livre batido de longe, mas essencialmente houve mais espetáculo fora dos bancos do que oportunidades criadas. O jogo terminou com uma vitória que se ajusta para o Benfica, apesar de uma exibição menos colorida do que o habitual. Menção para um Braga supercompetitivo e que se tem conseguido estabelecer um melhor jogo posicional, poderia mesmo conseguir outro tipo de resultado.

Do lado do Braga, exibições positivas de Patrícia Morais (segurou o marcador), Dolores Silva (muito importante nas coberturas e na recuperação de bola), Ana Rute (importante a fechar o corredor e a ligar-se com o ataque) e Marau (grande exibição no centro da defesa). Pelo Benfica, Lúcia Alves foi a principal dinamizadora no corredor direito, enquanto Nycole esteve sempre disponível e a criar perigo a partir da esquerda, sendo Jéssica a unidade principal de desequilíbrio do ataque, apesar de ter sido apanhada várias vezes em fora de jogo. Kika acaba por estar apagada, mas decide com o golo e Lena Pauels segurou o resultado para a sua equipa com defesas decisivas.


SF Damaiense 1-3 Marítimo Madeira


Primeira parte de um jogo com bastantes disputas pela bola. Um primeiro tempo nem sempre bem pensado e disputado do ponto de vista estético.

As duas equipas procuraram explorar a profundidade, no entanto sem grande sucesso, principalmente pela equipa da Damaia. Melany pareceu sempre um peixe fora de água jogando na posição 9, tendo Paula Fernandes colocado a avançada no bolso.

As duas equipas procuraram praticamente o mesmo corredor (esquerdo do Marítimo vs direito Damaiense) tendo tanto Joana Silva como Marta Ferreira demonstrado bons pormenores nesta fase.

Um jogo de muita bola lançada para o espaço e ganha pelas defesas, logo sem grandes oportunidades.

Telma Encarnação foi derrubada dentro de área pouco depois do quarto de hora após cruzamento da direita, mas na cobrança permitiu a defesa de Adriana Rocha.

O Marítimo acabaria por chegar ao golo num desses lances enviados pelo ar. Paula Fernandes lançou longo para Jaleca, esta soltou para Laura Luís que na cara de Adriana não facilitou.

A partir daqui o Damaiense continuou com muitas dificuldades em ligar o seu jogo de forma consistente. Marta tentava desequilibrar na direita, mas nem isso era suficiente.

Após uma tentativa de saída em construção, Paula Fernandes complicou (talvez por ficar sem opções) e acaba por perder a bola deixando Marta para Rajaee rematar para boa defesa.

Quase a chegar ao fim da primeira parte, após um canto a bola sobra na direita, Rajaee coloca nas costas na diagonal de Lidiane que cruza e Boland de peito dá o empate para a equipa.

Na segunda parte, Telma entrou para resolver e compensar a sua equipa. Bola em Frederiksen que ao ver Telma no limite em desmarcação a partir da esquerda, coloca um grande passe para a goleadora finalizar na cara da guarda-redes.

O Damaiense foi-se acercando mais vezes da baliza, potenciando situações de cruzamento, mas sem grande sucesso. O Marítimo a entrar com um chip diferente e a jogar mais de pé para pé, promovendo assim o espaço que Telma e cª necessitavam para selar o jogo. E, mesmo tendo o Damaiense acercado mais vezes da baliza, Bárbara ia segurando a vantagem, ainda que não se tenha visto em grandes trabalhos.

O Marítimo chegaria ao terceiro após Frederiksen ganhar uma bola pelo ar no meio, dando de cabeça para Laura Luís que de primeira soltou em Telma e esta não facilitou encerrando assim o jogo. Que parceria esta!

O Marítimo conquistou uma importante vitória, muito pela segurança passada por Bárbara, a assertividade e liderança de Paula Fernandes, a leveza na esquerda de Joana Silva, a simplicidade de Laura Luís e o atrevimento de Telma Encarnação. Do lado do Damaiense, apesar do apresentado ser pouco em relação ao que já se viu das jogadoras esta época, dar destaque à boa exibição de Marta Ferreira (foi a principal agitadora), de Boland (para além do golo marcado, deu-se bem aos apoios), e Rajaee (acabou por ser a mais esclarecida apesar da pista de aviões onde jogou).


Sporting CP 4-0 FC Famalicão

 

Jogo que se esperava difícil para a turma leonina. O regresso de Seabert à baliza e de Brasil e Negrão ao 11 das respetivas equipas eram as principais novidades para o início da partida.

O jogo foi bastante morno nesta primeira parte, muito por causa das várias paragens após o golo. Os problemas de comunicação com o VAR viriam claramente a condicionar o jogo e foram vários os lances em que a sua intervenção foi solicitada.

O Famalicão até estava bem no jogo e as duas equipas estavam a disputar muito a bola. Aos 7' o Sporting recupera a bola quando o Famalicão se encontrava em ataque organizado e, num ataque simples, Joana Martins aproveitou a desorganização momentânea, acelerou pelo centro do terreno e soltou em Smith no espaço e esta a todo o vapor chegou à bola e cruzou para Diana Silva, que com alguma sorte pelo corte de Lu lhe ir parar à cabeça, faz o primeiro.  

O Sporting ia mantendo a bola com qualidade e sem que o Famalicão importunasse, tendo as melhores ocasiões neste primeiro tempo. Chegaria ao segundo ainda antes da meia hora quando Smith é derrubada na direita, dando lugar a um penalti eximiamente cobrado por Neto.

Ainda antes do fim da primeira parte, a história iria ser novamente alterada. Diana Silva carregou na linha, cruzou atrasado para Neto e esta serviu de frente Fátima Pinto para um remate de fora de área ao lado. Pouco depois, a bola entrou na direita em Olivia que acelerou e em slalon passou por três antes de ser derrubada. A bola acaba por sobrar para Bravo e sai remate forte na direção da baliza de Lu, que defende para canto.

Em cima do intervalo, nova incursão perto da área por Olivia Smith, sem medo de enfrentar Raquel Infante e com duas pedaladas tira-a da frente, rematando depois para defesa de Lu.

Passavam dois minutos dos 45’ quando o Sporting chegou ao terceiro. O Sporting em zona de criação, passe de Rosa para Neto, tabela com Joana Martins e fica isolada, marcando dessa forma o terceiro para a sua equipa.

A melhor ocasião para o Famalicão chegou aos 45+8.  Boa jogada iniciada no corredor direito por Negrão que carregou até fixar e soltar em Brasil. A Avançada cruzou para a área e a bola sobra para Regina que remata contra Ana Borges.

Muitas dificuldades do Famalicão em lidar com o posicionamento com bola do Sporting. Neto como falsa “9”, Diana Silva jogando como Avançada pela direita e Joana Martins num papel híbrido mais sobre a esquerda, vendo as alas entregues às irreverentes Smith e Jacynta. Quase sem referência ofensiva, mas com muitas jogadoras a conseguirem pegar entrelinhas e depois acelerar a partir dos corredores ou aproveitar a superioridade numérica no interior (tal como no 3º golo). Muitas dificuldades em contornar tudo isto. Além disso, Smith ia brilhando e criando demasiado perigo em cada lance em que tinha a bola.

Na segunda parte, o Famalicão começou desde logo por efetuar duas alterações tentando mexer com alguma coisa no jogo. No entanto, a partida seguiria no mesmo ritmo, com o Sporting no controlo apesar do Famalicão chegar mais perto da área adversária por mais vezes, mas sem sucesso.

As paragens para o VAR seriam novamente um quebra-ritmo nesta segunda parte e isso complicou ainda mais a missão do Famalicão. As melhores oportunidades surgiram para o Sporting e deixavam antever que o resultado poderia não ficar por aí.

Primeiro Jacynta recuperou pela esquerda e arrancou para dentro de área onde rematou rasteiro, passando a bola por baixo dos braços de Lu que ainda desviou para canto. A segunda oportunidade surge após uma jogada de insistência que acaba mesmo por vir de assistência de cabeça de Smith, que aproveita o movimento curto de rutura de Capeta para a assistir para um belo remate que seguiu para canto.  

O quarto golo surgiria a partir de nova bela jogada de Smith. A lateral esquerda do Famalicão fechou demasiado dentro, o Sporting variou o centro do jogo para Smith que depois no 1vs1 saca uma trivela que parecia controlada por Matilde Fidalgo só que esta ao cortar a bola mete-a precisamente nos pés de Capeta que facilmente marcou mais um golo para a sua equipa.

Os destaques do lado do Famalicão chegam de Regina (tentou remar contra a maré) e de Negrão (esteve no melhor que se conseguiu com bola). Do lado do Sporting, Diana Silva (percebe muito bem o seu papel neste momento e não se coíbe de aparecer em zonas de finalização), Neto (está que nem peixe na água a jogar nesta posição), Joana Martins (oferece muito com bola e nunca se esconde) e Smith (a jogar a um nível acima das outras, entortando as adversárias por variadíssimas vezes).

 11 da Jornada:


 MVP da Jornada:




RICARDO CARVALHO

Enviar um comentário

0 Comentários