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1ª Jornada - Liga BPI


Este fim-de-semana deu-se finalmente o regresso da Liga BPI. Com muitas caras novas e plantéis renovados, concretizaram-se alguns resultados surpreendentes e outros que foram a confirmação da superioridade que se manterá ao longo da época. Ainda assim, vamos por partes:

 

CA Ouriense 2-1 Clube Albergaria


Num jogo equilibrado entre duas equipas renovadas e que se encontraram pela terceira vez neste início de época, a vitória acabou por sorrir ao Ouriense. Uma vitória que surge através de dois golos de Lorena Santana e que se ajusta face ao que se passou em campo, tendo o Ouriense a hipótese clara de ampliar o marcador e resolver o jogo (ainda antes de sofrer o golo do empate) através de Angelina Santos, que se deslumbrou quando seguia isolada perante Ana Rita Oliveira.


Jogadora a seguir:

Angelina Santos (CA Ouriense) – Conseguiu criar desequilíbrios no corredor com alguma facilidade e demonstrou boa capacidade técnica. Foi sempre importante nas suas ações e tentou servir as suas companheiras de ataque.

 

Erin Healy (Clube Albergaria) – Foi uma dor de cabeça constante para a defesa contrária. Os melhores lances de perigo acabam por surgir dos seus pés ainda que não tenha conseguido estrear-se a marcar. Fortes nas diagonais curtas e com boa capacidade de aceleração sobre as defesas contrárias, faltou-lhe um maior acerto para ter maior destaque. Bem nos apoios frontais e na forma como se mostrou como referência ofensiva.

 

SF Damaiense, SAD 3-2 Racing Power FC


            Jogo que colocou frente a frente a sensação da Liga BPI e o Campeão da II Divisão Nacional na época transata. Projetava-se um bom jogo e assistiu-se mesmo a um jogo bastante mexido. Apesar do maior domínio do Racing Power na primeira parte, o mesmo apenas se concretizou numa margem mínima ao intervalo (1-0). Na segunda parte o Damaiense foi capaz de superar por mais vezes as marcações individuais impostas pela equipa de João Marques e descobriu a fórmula de ultrapassar as dificuldades que o 1-4-2-3-1/1-4-2-4 estavam a provocar na manutenção da bola para procurar criar perigo ao seu adversário. A maior intervenção de Raquel Ferreira mais ao centro do jogo, num papel camaleónico, os desequilíbrios criados por Summer Green, a liderança defensiva de Shae Seyffart, a segurança na baliza passada por Adriana Rocha e o joker Melany Fortes foram cruciais para levar de vencida a equipa das magníficas Sini Laaksonen, Kala Daniel e Jennifer Vetter.

            O grande destaque vai para o momento da entrada de Melany Fortes que acabou por obrigar a remodelação na defensiva do Racing Power para evitar o desconforto que se estava a criar com a sua velocidade no ataque às costas da defesa. Ainda assim, o Damaiense viria mesmo a dar a volta ao resultado, ficando a GR do Racing Power mal na fotografia dos 3 golos.

 

 Jogadora a seguir:

            Kala Daniel (Racing Power) – Foi um autêntico relógio suíço a meio-campo e formou uma dupla de elevado nível com Sini. A solicitar bola como se pede a uma média e a querer assumir jogo, sendo forte ainda na ocupação dos espaços e na pressão sobre as suas adversárias. Não se coibiu de baixar no centro do terreno para DC quando assim se exigiu e demonstrou-se uma clara mais-valia desta equipa.

 

             Shae Seyffart (Damaiense SAD) – Um claro “chegar, ver e vencer”. Não sendo ainda possível de apurar a sua real valia na saída em construção, deu uma demonstração da sua valia no trabalho defensivo com cortes importantes e a mostrar-se imponente na marcação das avançadas adversárias. Para acompanhar melhor.


CS Marítimo Madeira 2-1 FC Famalicão


Partida que opunha duas equipas que na temporada anterior acabaram em metades diferentes da tabela, mas que fruto do mercado de transferências deixavam antever um jogo bem mais equilibrado do que a classificação passada poderia antever.

Indo a factos, o Marítimo esteve por cima do jogo e conseguiu superiorizar-se a um Famalicão tímido, que ia revelando algumas dificuldades defensivas em controlar Telma Encarnação. Ainda assim, seria Sara Monteiro num grande remate a enviar a bola ao poste, num grande trabalho individual. Maria Negrão viria a falhar um penalti que surge numa má abordagem de Bárbara Santos, que pouco depois, (revelador de um início de época abaixo do seu nível para já) voltaria a sair-se mal a um cruzamento (não saltou) e Kristina Maksuti aproveitou para levar o Famalicão em vantagem para o intervalo. O Marítimo não se encolheu e chega ao empate logo no início da segunda parte pela inevitável Telma Encarnação, numa assistência de primeira classe de Érica Costa. Acentuou-se a partir daí o equilíbrio na partida e somente, já perto do fim da partida, Rebekka Frederiksen a sacar um excelente cruzamento que se encontraria com o movimento perfeito (de ponta-de-lança!!) de Érica Costa e culminaria num belo golo de cabeça. Vitória que acaba por sorrir ao Marítimo no seu Estádio dos Barreiros.

 

 Jogadora a seguir:

Rebekka Frederiksen (Marítimo) – Equilibrada nas suas ações, procurou em primeiro garantir a consistência defensiva antes de se envolver no ataque. Muito certinha nas suas ações e a demonstrar uma boa capacidade no flanco direito, chegou-se à frente para fazer um cruzamento de elevada qualidade que viria a servir para o golo da vitória.

 

Sara Pavlovic (Famalicão) – Foi o grande pêndulo tanto defensiva como ofensivamente da sua equipa. Revelou-se importante no preenchimento dos espaços e na forma combativa como se expôs ao jogo, sendo importante na recuperação e distribuição de bola. Foi-se apagando com o decorrer do jogo, tal como o resto da equipa.


 SC Braga 2-0 Valadares Gaia FC


Pela frente duas equipas que ainda não conheciam o sabor da derrota durante os 90’ de jogo. A equipa do SC Braga partia como favorita e acabou por confirmar esse favoritismo, ainda que antes disso tivesse de passar por alguns calafrios. A equipa do Valadares que se apresentou em 1-3-4-3 não conseguiu durante grande parte do tempo da 1ª parte encaixar no pressing sobre o seu adversário e isso viria a traduzir-se na desvantagem que levou para o intervalo, fruto do golo de Caroline Kehrer num bom movimento de rutura a resposta a um passe com açúcar de Ana Rute. Na segunda parte tudo mudou de figura e a passagem para um 1-3-5-2 acabou por mudar o jogo assistindo-se a uma partida equilibradíssima e com o Valadares Gaia a chegar a cheirar o golo por 3 / 4x ainda que de forma quase caricata tenha falhado alguns desses lances. Este desacerto levou ao consumar da derrota já com a entrada de Dolores Silva para segurar um meio-campo que se encontrava despovoado durante a segunda-parte, através de um penalti consumado pelo VAR, efetivado novamente por Sissi.

 

Jogadora a seguir:

Barbosinha (Valadares Gaia) – Sendo já uma jogadora de Liga BPI nas últimas épocas, está a conseguir um arranque de época a confirmar o talento que lhe é atribuído. Sem medo de sair no 1vs1 e com boa saída em velocidade e aceleração, a sua versatilidade permite ser um upgrade na ideia de jogo de qualquer equipa.

 

SCU Torreense 1-3 SL Benfica


O atual Campeão Nacional partia para este jogo à procura de iniciar desde logo a defesa do seu título com uma vitória. Saberia à partida que teria pela frente um adversário que iria causar dificuldades caso lhe fosse concedido espaços para ataques rápidos ou contra-ataques. Ainda assim, procurando manter a bola e fazê-la girar de um lado ao outro procurando encontrar os espaços necessários para desequilibrar o adversário. Aqui brilhou Andreia Faria. Assim chegou o primeiro golo por Lúcia Alves, depois o segundo por Carole numa bola parada, antes de um penalti surgir para o Torreense numa abordagem infeliz de Ana Seiça, que seria cobrada pela ex-Benfica Lara Pintassilgo. Na 2ª parte o jogo manter-se-ia equilibrado com o Benfica a procurar resolver o jogo e o Torreense a manter-se coeso, com destaque para a sua Guarda-Redes Janny Belem e a sair para o ataque sempre que possível. O Benfica chegaria ao consumar da vitória através do 3º golo numa saída rápida para o ataque conduzida por Kika e finalizada friamente por Alidou.

Jogadora a seguir:

Janny Belem (Torreense) – Segura nas suas ações. Demonstrou forte nas ações que teve entre os postes. Não se inibiu perante o adversário e disse presente na grande maioria dos lances, falhando numa saída aos pés de uma adversária. Uma Guarda-Redes a seguir.

 

Sporting CP 8-0 LANK Vilaverdense


Jogo sem história. O Sporting apresentou-se com algumas alterações no seu 11 inicial e mesmo assim, a superioridade foi evidente e constante desde o início. Com uma troca de bola intensa e boas combinações foram-se destacando na primeira parte os reforços Olivia Smith e Jacynta, a juntarem-se às boas indicações de Fátima Pinto, Brenda Soler e Maiara Niehues a cair mais no corredor direito. Com um resultado a 4-0 ao intervalo, o grande destaque da 2ª parte vai mesmo para os 3 golos de Maísa a passe da irreverente Ana Teles.

 

 Jogadora a seguir:

Jacynta Galabadaarachchi (Sporting CP) – Irrequieta e sempre pronta a sair no 1vs1 sem qualquer receio dos seus adversários, demonstrou uma explosividade assinalável na saída do drible. Apesar de muitos e bons apontamentos creio que o muito potencial que tem ainda não está ao dispor da sua equipa, não tendo ainda apresentado a sua melhor versão.


11 da Jornada:




RICARDO CARVALHO

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