Advertisement

Main Ad

7a Jornada - LIGA BPI


            A 7ยช jornada da LIGA BPI chegou ao fim e com ela temos uma tabela classificativa totalmente diferente e reveladora de muita incerteza sobre a classificaรงรฃo final de cada equipa no fim deste campeonato. A consistรชncia e superiorizaรงรฃo sobre os adversรกrios nรฃo tem sido nota de destaque e temos um campeonato equilibrado e completamente em aberto. Esta รฉ a LIGA BPI!


SCU Torreense 3-3 CA Ouriense


Quem esperava um Torreense dominador e a resolver cedo o jogo, claramente que se enganou. O que se tem assistido nas รบltimas jornadas atรฉ poderia levar a pensar nisso, no entanto, este jogo demonstrou tambรฉm a irregularidade exibicional que este Torreense tem.

Os primeiros 15' atรฉ trouxeram um Ouriense atrevido e a tentar condicionar a equipa da casa. Ainda assim, o Torreense ia acalmando o jogo e tentando controlar em posse e quando assim era, o Ouriense sentia mais dificuldades. As duas equipas acabariam por chegar ร  baliza apenas atravรฉs de remates de longe. 

Nesta fase, o Ouriense ia se aproximando um pouco mais da baliza adversรกria, muito na base da insistรชncia e da raรงa. Quando menos se espera os erros chegam de quem menos tem errado... Perto dos 20' o Torreense mantรฉm a bola e tenta variar o centro do jogo para as costas de Jeka, mas sai demasiado longo. Ana Rita Oliveira tentou que a bola nรฃo saรญsse, sรณ que acaba por largar e Rufino estava por perto, ficando com a bola e marcando o primeiro golo da partida de forma fรกcil. 

Daqui em diante o Ouriense sentiu muitas dificuldades na pressรฃo sobre o seu adversรกrio e nรฃo conseguiu incomodar as jogadoras do Torreense, que assim jogavam com espaรงo e a seu belo prazer. A distรขncia entre setores, o facto da รบltima linha estar muito distante das restantes e a proteger-se, ajudava a isso. O Torreense podia ter dilatado o marcador por duas vezes, permitindo a defesa de Ana Rita Oliveira em situaรงรตes de golo claro, primeiro por Jassie e depois por Maria Ferreira.

A regra รฉ clara e quem nรฃo marca, acaba por sofrer. O Ouriense continuava a colocar uma avanรงada no espaรงo interior entre central/lateral do lado direito do seu ataque para servir de apoio frontal e servir Lorena na velocidade (ou a lateral vinda de trรกs) e estava a criar dificuldades atravรฉs desse posicionamento. Pinheiro apรณs um remate de fora de รกrea que รฉ desviado fica na cara de Leonor, mas a guardiรฃ faz uma grande defesa para canto. Na sequรชncia, Leonor sai-se mal ao lance e permite a Caniรงo ficar com a bola e com a baliza descoberta remata, mas Rufino tira em cima da linha de golo. Atรฉ que o golo acabaria por chegar num cruzamento vindo da esquerda, Leonor Faria dรก um passo em falso em frente, dando a ideia de intenรงรฃo de sair-se para dominar a zona, mas acaba por ficar expectante, enquanto Gi acaba por se deixar antecipar por Lorena que acaba mesmo por empatar a partida num movimento ร  ponta de lanรงa.

A primeira parte nรฃo ficaria por aรญ. Maria Ferreira com a bola nos pรฉs (tal como Jassie) continuavam a criar dificuldades ao adversรกrio e, logo de seguida, a bola vai ao meio, acaba por entrar em Maria Ferreira que serve Margarida na direita e esta sozinha cruza para Jassie dominar, rematar contra a GR em primeiro, mas depois empurrar a bola para a baliza, colocando de imediato a sua equipa em vantagem novamente.

A segunda parte acabou por ser mais jogada com o coraรงรฃo do que com a cabeรงa, tal como os desenvolvimentos mais marcantes da partida acabaram por mostrar.  

O Ouriense acabou por entrar mais compacto e a assumir um maior risco, mantendo um bloco mรฉdio bastante mais junto e dando menos espaรงo ao adversรกrio para jogar por dentro do seu bloco com extrema facilidade, apanhando a equipa descompensada em zonas proibidas.

Os primeiros 15 minutos foram de muita disputa, mas sem grandes oportunidades. A entrada de Haakenson para a frente de ataque, viria a mudar instantaneamente o jogo. A avanรงada atravรฉs dos seus movimentos de rutura trouxe novas dificuldades ร  defesa do Torreense. Foi precisamente atravรฉs de um desses movimentos apรณs um excelente passe de Lorena, que Haakenson viria a ser derrubada dentro de รกrea e a ganhar um penalti para a sua equipa. Lorena converteu e deu o empate ร  sua equipa!

A partir daqui, Maria Ferreira chamou a responsabilidade para si e andou um pouco por todo o lado a tentar receber para servir ou mesmo aparecer em espaรงos vazios a criar desequilรญbrios por si mesma. O posicionamento de Paloma mais como segunda avanรงada e Maria Ferreira mais como 10, tambรฉm lhe permitiam uma maior flexibilidade nas zonas que poderia pisar. 

Na sequรชncia de um canto, a bola acaba por ser cortada e Paloma ao disputar o lance acaba por levar um "chega para lรก" e a รกrbitra assinala penalti (duvidoso pareceu). Jassie acabaria mesmo por bisar na partida e colocar a sua equipa em vantagem novamente.  

Sรณ que, ao longo da segunda parte jรก se tinha sentido algumas jogadoras mais desconectadas da partida e a cometerem demasiados erros, com algumas perdas de bola de forma infantil atรฉ, do lado do Torreense. E aos 85' na sequรชncia de um canto, Sudrรฉ ainda salvou em cima da linha, mas Lorena viria novamente a ganhar a bola ร  vontade e a rematar para o seu hattrick. Tudo com muita passividade dentro da รกrea do Torreense!

Atรฉ final, Paloma ainda seria bem expulsa numa entrada imprudente e apesar de jogar com 10 a equipa da casa ainda tentou, mas viria mesmo a conseguir somente 1 ponto deste jogo.

Destaques para as exibiรงรตes de Maria Ferreira, Rufino e Jassie do lado do Torreense e Lorena Santana no lado do Ouriense.


Valadares Gaia FC 0-0 Racing Power FC


Jogo grande e de muitas expetativas.

Um Valadares com um inรญcio de รฉpoca absolutamente fantรกstico, mas que vinha de um empate com o Torreense e um Racing Power que comeรงou mal, no entanto, tem vindo a subir a pulso na tabela.

O 11 do Racing tinha como novidade a integraรงรฃo de Beatriz Rodrigues como segunda avanรงada (talvez pela sua condiรงรฃo fรญsica) enquanto do lado do Valadares a novidade era Cristina Ferreira na frente.

Uma primeira parte sem muitas oportunidades, mas entretida e quentinha.

Muitos duelos, muitas segundas bolas e um jogo a encaminhar-se na direรงรฃo daquilo que o RP queria. O Valadares foi incapaz de assentar o seu jogo ao longo de toda a primeira parte, nรฃo se vislumbrando o futebol a que tem habituado os seus adeptos. Enquanto o meio-campo do Racing se ocupava em disputar todos os lances e preencher o campo todo, Da Costa e Barboz procuravam colocar algum perfume no meio campo da equipa de Gaia, mas nรฃo estavam a ser acompanhadas pelo resto da equipa.

O Racing procurava a habitual vertigem a partir das alas, principalmente por Mercy, mas sem sucesso. Evy do lado oposto estava a ser importante tambรฉm no trabalho defensivo, impedindo assim as incursรตes de Mรฉgane.

Com pouco espaรงo para jogar, o Racing colocava sempre muitas jogadoras ao redor do centro da bola e procurava pressionar a todo o campo, nรฃo dando espaรงo nem tempo ร s jogadoras de Gaia.

A melhor oportunidade para o Valadares surge apรณs o quarto de hora. Lanรงamento lateral de Mรฉgane para Cristina Ferreira, esta serve Cris que coloca nas costas da defesa para Baleia, mas a extrema jรก dentro de รกrea remata ao lado.

Respondia o Racing Power nos minutos seguintes. Apรณs algumas bolas pelo ar, Seppi a controlar bem a profundidade e a sair-se para cortar o lance, mas a bola sai frouxa e sobra para Mercy que remata, mas a bola a sair ao lado.

A partir daqui, nรฃo houve ocasiรตes de maior para as duas equipas. Um remate de Barboz de longe e que Micha agarrou facilmente e um de Evy que ao ver Seppi adiantada rematou, mas a bola saiu ligeiramente ao lado.

A segunda parte acaba por trazer um jogo dentro do mesmo ritmo. Apesar dos muitos duelos e confrontos que existiram ao longo da segunda metade, as ocasiรตes flagrantes surgem durante este perรญodo.

Jรก para lรก da hora de jogo, Campino cruzou e Evy ao tentar receber a bola รฉ derrubada. Inicialmente a รกrbitra admoestou-a por simulaรงรฃo, mas o VAR mostrou-lhe que essa interpretaรงรฃo poderia estar errada, tendo mesmo a รกrbitra apontado para a marca de penalti. Neuza bateu, mas permitiu a defesa de Seppi.

O jogo continuou com intensidade, mas mais aberto para ambos os lados. Reagia o Valadares e procurava chegar ร  vantagem. Queiroga de livre ainda tentou tirar as medidas ร  baliza de Micha, mas atirou por cima. Logo de seguida, Barboz ainda rematou de esquerdo e fraco a demonstrar a inseguranรงa de Micha que quase largou a bola de forma incrรญvel.

O melhor que o Valadares viria a conseguir seriam duas oportunidades flagrantes seguidas perdidas por Mรฉgane. Queiroga a cruzar e Mรฉgane apareceu solta de marcaรงรฃo nas costas de Beatriz Rodrigues. A lateral com tempo para tudo, ainda adornou e depois รฉ que rematou (podia ter rematado de primeira dificultando a vida ร  GR), permitindo a defesa de Micha numa boa mancha. O lance devolve-lhe a bola, mas Mรฉgane volta a rematar ao lado. Duas grandes ocasiรตes para cada lado que nรฃo foram convertidas.

Enquanto isso Sini ia enchendo o meio-campo, Parker nรฃo dava trรฉguas a Vetter e o resultado nรฃo se viria a alterar. Evy foi igualmente importante para a sua equipa e Seppi vestiu a capa de herรณi. 


LANK Vilaverdense 1-2 Clube Albergaria

Primeira parte com claro ascendente para o Lank. Uma equipa que se apresentou com Laura mais como avanรงada do lado esquerdo e parece que essa supremacia no interior ia resultando.

Uma equipa de Albergaria com muitas dificuldades em jogo posicional (seja em que fase for e com pressรฃo ou nรฃo) e que entrou com uma ideia fรกcil de interpretar de se "arrumar" defensivamente e depois sair em contra-ataque. Apresentou-se com um ataque bastante mรณvel, mas a principal agitadora era Lewis.

O jogo comeรงou com um maior ร  vontade do Lank com bola (tal como em toda a primeira parte). As despesas ficaram por conta do Lank, que ia assumindo o jogo com tranquilidade e tentando explorar o corredor esquerdo em velocidade por Carol.

No entanto, as melhores ocasiรตes surgiram em primeiro de bola parada. A primeira num canto estudado batido ao primeiro poste cabeceado por Pรขmela que รฉ salvo em cima da linha. O segundo num livre batido por Joyce, perto do meio-campo para a cabeรงa de Estefรขnia que mete para o 2ยฐ poste onde estava Pรขmela e esta volta a assistir para o lado oposto, mas a central falha o remate.

Praticamente logo de seguida Laura aparece na cara da GR apรณs passe longo vindo do centro da defesa e segunda bola ganha por Nhu que a assiste imediatamente, mas a espanhola remata a centรญmetros do poste.

O Albergaria, o melhor que conseguiu foi atravรฉs de dois lances individuais de Sofia Lewis. Primeiro na direita a ir para cima em velocidade e a cruzar rasteiro para o interior da รกrea, mas ninguรฉm consegue empurrar a bola para a baliza. A segunda ocasiรฃo jรก perto do fim da primeira parte numa recuperaรงรฃo no corredor esquerdo e saรญda em velocidade, assiste Healy que falha o remate de frente para a baliza.

Tudo a zeros ao intervalo.

A segunda parte trouxe algumas mudanรงas, nomeadamente na forma como o Albergaria veio pressionar um pouco mais ร  frente, mas algo nรฃo se alterou: a vontade do LANK em chegar ร  vantagem. A passagem forรงada de Laura para o corredor central veio dar ainda mais forรงa para que isso acontecesse e permitiu que a equipa recuperasse mais vezes a bola no seu meio-campo ofensivo. Logo aos 52', apรณs uma dessas recuperaรงรตes a bola acaba por rodar por trรกs atรฉ voltar novamente a Laura que serve Carol (agora a jogar por dentro) e esta marca um golaรงo num remate de belo efeito de longe em que a bola bate na trave antes de se aninhar nas redes da baliza de Sheppard.

A equipa de Vila Verde continuou a procurar chegar mais vezes ร  frente e foi superior atรฉ aos 80'. O Albergaria procurou responder colocando mais peรงas ร  frente a pressionar e a dar menos tempo ร s defesas do LANK para pensar e executar. Healy era o elemento mais apรณs a saรญda de Sofia Lewis (opรงรฃo estranha para quem queria ganhar).

A americana Healy ainda incomodou por duas vezes antes da equipa chegar ao empate. ร‰ dela que sai uma boa arrancada ร  esquerda para cruzamento para Mariana Couto que atira ao lado. A segunda apรณs nova arrancada a partir da esquerda, tira uma adversรกria por cima e remata por cima da baliza com tudo.

A equipa do LANK que vinha a dominar a partida a partir da manutenรงรฃo da bola e de bons envolvimentos entre as suas atletas, acabou por perder o discernimento apรณs o tempo se comeรงar a encaminhar para o fim da partida, cometendo erros que atรฉ aqui nรฃo tinha cometido.

Aos 82' Selena envolve-se no ataque e sozinha no corredor acaba por tropeรงar e cruzar para fora. A retoma do jogo foi rรกpida e apanhou o LANK em contrapรฉ, saindo as defesas da sua posiรงรฃo na intenรงรฃo de recuperar a bola e assim, deixaram a sua defensiva demasiado a descoberto. Teria sido preferรญvel a temporizaรงรฃo das defesas no espaรงo central e/ou a paragem de um raro momento de transiรงรฃo atravรฉs da falta, promovendo assim o regresso das restantes companheiras. Bola enviada para o corredor deixado a descoberto por Selena, passe para Healy que carrega atรฉ entrar na รกrea e cruzar para Rita Montenegro que ร  meia-volta remata com a bola a bater no poste antes de se consagrar o empate na partida.

A ansiedade demonstrada pela equipa ia sendo travada pelo gelo de Laura, Dutra e Gabi numa tentativa de acalmar a partida, mas nรฃo foi totalmente conseguido pois, as mรกs notรญcias nรฃo paravam de chegar.

Aos 91' lanรงamento para o LANK no seu meio-campo, bola recuperada a entrar em Healy que tenta conduzir mas permite a interceรงรฃo de Joyce. A central tenta sair a jogar no meio de muitas jogadoras no centro da bola e acaba por perder, ficando Pipa com a bola. Esta sai no drible e remata fora de รกrea, ficando Croco muito mal na fotografia e a nรฃo conseguir segurar o empate para a sua equipa.

Destaques na equipa do LANK para Gabi que foi a principal ameaรงa ร  defesa de Albergaria, alรฉm de Laura que foi importante tanto mais ร  frente como depois no centro do terreno, alรฉm de Carol que marca um belรญssimo golo de longe. Do lado de Albergaria, Sofia Lewis esteve no melhor que a equipa apresentou na primeira parte, Healy carregou a equipa quando em desvantagem e procurou ser soluรงรฃo, sendo Rita Montenegro o joker da treinadora espanhola, evidenciando maior verticalidade no centro do terreno e um destaque claro para Pipa que acaba por marcar o golo da vitรณria.


SC Braga 0-1 SL Benfica


O jogo comeรงou com 20' de atraso devido ร  remarcaรงรฃo das linhas, que estavam praticamente impercetรญveis devido ร  geada que se tinha feito sentir antes da partida.

Frente a frente as duas equipas que ainda nรฃo tinham qualquer derrota e que se encontravam no topo da tabela.

O Braga fez somente uma alteraรงรฃo no 11 com a integraรงรฃo de Carolina Mendes. 

O Benfica entrou a todo o vapor no jogo e nos primeiros minutos tentou aproximar-se da baliza e garantir desde logo a vantagem. A equipa bracarense assente em 1-4-4-2 com a colocaรงรฃo de Baldwin a preencher o centro do terreno, Sissi a fechar ร  direita e Ana Rute com um papel importantรญssimo a fechar ร  esquerda e a acompanhar a movimentaรงรฃo de Lรบcia Alves, nรฃo a deixando com tanta liberdade no corredor. 

O Benfica poderia ter chegado ร  vantagem em duas boas ocasiรตes. Primeiro por Jรฉssica que dentro de รกrea perdeu uma oportunidade flagrante ao demorar demasiado na receรงรฃo e remate e a permitir a Melissa o corte quase em cima da linha. Depois Andreia Faria, apรณs receber um passe vindo da direita, tira uma adversรกria da frente dentro da รกrea e rematou, mas o remate acabou por ser bloqueado. 

No entanto, o Braga bem organizado e a controlar bem a profundidade ia colocando dificuldades ao ataque benfiquista lanรงando-lhe a armadilha do fora de jogo por vรกrias vezes. 

Com isso, o jogo foi perdendo energia e as oportunidades nรฃo se multiplicaram. O Braga poderia ter chegado ao primeiro golo apรณs uma boa jogada com Kehrer a levar Lena Pauels a uma bela defesa e na sobra, Ana Rute com a baliza escancarada, a atirar ร s malhas laterais.

A segunda parte trouxe um jogo muito competitivo e com as equipas a venderem caro os pontos da partida. O Benfica manteve a bola por perรญodos mais longos e isso ajudava a que estivesse mais perto de conseguir marcar. Um Braga muito compacto, a posicionar-se de forma รณtima no momento defensivo e a nรฃo dar grandes espaรงos para criaรงรฃo.

O Benfica chegou de forma perigosa atravรฉs de um lance individual de Lรบcia Alves que apรณs uma variaรงรฃo do jogo atravรฉs de um passe longo de Norton, dominou e puxou para o remate, permitindo uma boa defesa de Morais. Surgiu uma outra oportunidade apรณs uma recuperaรงรฃo e saรญda para ataque rรกpido conduzido por Nycole que no รบltimo momento soltou para Faria e esta na cara da GR permitiu nova bela defesa de Morais. 

Respondeu o Braga atravรฉs de Kehrer em primeiro e Carolina Mendes depois. O Benfica tentou sair em construรงรฃo, Marau antecipa-se (grande exibiรงรฃo) e entrega em Kehrer, esta conduziu e rematou para grande defesa de Lena. Num canto batido da direita a bola andou perdida dentro da pequena รกrea atรฉ chegar aos pรฉs de Carolina Mendes e esta sem medos chutou para uma defesa no limite de Lena, daquelas que valem pontos. 

O Benfica acabaria por chegar ร  vantagem, talvez na รบnica vez que o Braga nรฃo conseguiu lanรงar a armadilha do fora de jogo. Bola recuperada na direita, Mariana Azevedo (acabada de entrar) coloca Jรฉssica Silva em jogo e esta conduz quase desde o meio-campo, cruza para Nycole que friamente deixou para Alidou, que permitiu uma grande defesa em deslocamento de Morais, mas a bola sobrou para Kika que inaugurou o marcador. 

A partir daqui o jogo foi muito disputado, Madalena Marau ainda cabeceou ร  parte de cima da trave, num livre batido de longe, mas essencialmente houve mais espetรกculo fora dos bancos do que oportunidades criadas. O jogo terminou com uma vitรณria que se ajusta para o Benfica, apesar de uma exibiรงรฃo menos colorida do que o habitual. Menรงรฃo para um Braga supercompetitivo e que se tem conseguido estabelecer um melhor jogo posicional, poderia mesmo conseguir outro tipo de resultado.

Do lado do Braga, exibiรงรตes positivas de Patrรญcia Morais (segurou o marcador), Dolores Silva (muito importante nas coberturas e na recuperaรงรฃo de bola), Ana Rute (importante a fechar o corredor e a ligar-se com o ataque) e Marau (grande exibiรงรฃo no centro da defesa). Pelo Benfica, Lรบcia Alves foi a principal dinamizadora no corredor direito, enquanto Nycole esteve sempre disponรญvel e a criar perigo a partir da esquerda, sendo Jรฉssica a unidade principal de desequilรญbrio do ataque, apesar de ter sido apanhada vรกrias vezes em fora de jogo. Kika acaba por estar apagada, mas decide com o golo e Lena Pauels segurou o resultado para a sua equipa com defesas decisivas.


SF Damaiense 1-3 Marรญtimo Madeira


Primeira parte de um jogo com bastantes disputas pela bola. Um primeiro tempo nem sempre bem pensado e disputado do ponto de vista estรฉtico.

As duas equipas procuraram explorar a profundidade, no entanto sem grande sucesso, principalmente pela equipa da Damaia. Melany pareceu sempre um peixe fora de รกgua jogando na posiรงรฃo 9, tendo Paula Fernandes colocado a avanรงada no bolso.

As duas equipas procuraram praticamente o mesmo corredor (esquerdo do Marรญtimo vs direito Damaiense) tendo tanto Joana Silva como Marta Ferreira demonstrado bons pormenores nesta fase.

Um jogo de muita bola lanรงada para o espaรงo e ganha pelas defesas, logo sem grandes oportunidades.

Telma Encarnaรงรฃo foi derrubada dentro de รกrea pouco depois do quarto de hora apรณs cruzamento da direita, mas na cobranรงa permitiu a defesa de Adriana Rocha.

O Marรญtimo acabaria por chegar ao golo num desses lances enviados pelo ar. Paula Fernandes lanรงou longo para Jaleca, esta soltou para Laura Luรญs que na cara de Adriana nรฃo facilitou.

A partir daqui o Damaiense continuou com muitas dificuldades em ligar o seu jogo de forma consistente. Marta tentava desequilibrar na direita, mas nem isso era suficiente.

Apรณs uma tentativa de saรญda em construรงรฃo, Paula Fernandes complicou (talvez por ficar sem opรงรตes) e acaba por perder a bola deixando Marta para Rajaee rematar para boa defesa.

Quase a chegar ao fim da primeira parte, apรณs um canto a bola sobra na direita, Rajaee coloca nas costas na diagonal de Lidiane que cruza e Boland de peito dรก o empate para a equipa.

Na segunda parte, Telma entrou para resolver e compensar a sua equipa. Bola em Frederiksen que ao ver Telma no limite em desmarcaรงรฃo a partir da esquerda, coloca um grande passe para a goleadora finalizar na cara da guarda-redes.

O Damaiense foi-se acercando mais vezes da baliza, potenciando situaรงรตes de cruzamento, mas sem grande sucesso. O Marรญtimo a entrar com um chip diferente e a jogar mais de pรฉ para pรฉ, promovendo assim o espaรงo que Telma e cยช necessitavam para selar o jogo. E, mesmo tendo o Damaiense acercado mais vezes da baliza, Bรกrbara ia segurando a vantagem, ainda que nรฃo se tenha visto em grandes trabalhos.

O Marรญtimo chegaria ao terceiro apรณs Frederiksen ganhar uma bola pelo ar no meio, dando de cabeรงa para Laura Luรญs que de primeira soltou em Telma e esta nรฃo facilitou encerrando assim o jogo. Que parceria esta!

O Marรญtimo conquistou uma importante vitรณria, muito pela seguranรงa passada por Bรกrbara, a assertividade e lideranรงa de Paula Fernandes, a leveza na esquerda de Joana Silva, a simplicidade de Laura Luรญs e o atrevimento de Telma Encarnaรงรฃo. Do lado do Damaiense, apesar do apresentado ser pouco em relaรงรฃo ao que jรก se viu das jogadoras esta รฉpoca, dar destaque ร  boa exibiรงรฃo de Marta Ferreira (foi a principal agitadora), de Boland (para alรฉm do golo marcado, deu-se bem aos apoios), e Rajaee (acabou por ser a mais esclarecida apesar da pista de aviรตes onde jogou).


Sporting CP 4-0 FC Famalicรฃo

 

Jogo que se esperava difรญcil para a turma leonina. O regresso de Seabert ร  baliza e de Brasil e Negrรฃo ao 11 das respetivas equipas eram as principais novidades para o inรญcio da partida.

O jogo foi bastante morno nesta primeira parte, muito por causa das vรกrias paragens apรณs o golo. Os problemas de comunicaรงรฃo com o VAR viriam claramente a condicionar o jogo e foram vรกrios os lances em que a sua intervenรงรฃo foi solicitada.

O Famalicรฃo atรฉ estava bem no jogo e as duas equipas estavam a disputar muito a bola. Aos 7' o Sporting recupera a bola quando o Famalicรฃo se encontrava em ataque organizado e, num ataque simples, Joana Martins aproveitou a desorganizaรงรฃo momentรขnea, acelerou pelo centro do terreno e soltou em Smith no espaรงo e esta a todo o vapor chegou ร  bola e cruzou para Diana Silva, que com alguma sorte pelo corte de Lu lhe ir parar ร  cabeรงa, faz o primeiro.  

O Sporting ia mantendo a bola com qualidade e sem que o Famalicรฃo importunasse, tendo as melhores ocasiรตes neste primeiro tempo. Chegaria ao segundo ainda antes da meia hora quando Smith รฉ derrubada na direita, dando lugar a um penalti eximiamente cobrado por Neto.

Ainda antes do fim da primeira parte, a histรณria iria ser novamente alterada. Diana Silva carregou na linha, cruzou atrasado para Neto e esta serviu de frente Fรกtima Pinto para um remate de fora de รกrea ao lado. Pouco depois, a bola entrou na direita em Olivia que acelerou e em slalon passou por trรชs antes de ser derrubada. A bola acaba por sobrar para Bravo e sai remate forte na direรงรฃo da baliza de Lu, que defende para canto.

Em cima do intervalo, nova incursรฃo perto da รกrea por Olivia Smith, sem medo de enfrentar Raquel Infante e com duas pedaladas tira-a da frente, rematando depois para defesa de Lu.

Passavam dois minutos dos 45โ€™ quando o Sporting chegou ao terceiro. O Sporting em zona de criaรงรฃo, passe de Rosa para Neto, tabela com Joana Martins e fica isolada, marcando dessa forma o terceiro para a sua equipa.

A melhor ocasiรฃo para o Famalicรฃo chegou aos 45+8.  Boa jogada iniciada no corredor direito por Negrรฃo que carregou atรฉ fixar e soltar em Brasil. A Avanรงada cruzou para a รกrea e a bola sobra para Regina que remata contra Ana Borges.

Muitas dificuldades do Famalicรฃo em lidar com o posicionamento com bola do Sporting. Neto como falsa โ€œ9โ€, Diana Silva jogando como Avanรงada pela direita e Joana Martins num papel hรญbrido mais sobre a esquerda, vendo as alas entregues ร s irreverentes Smith e Jacynta. Quase sem referรชncia ofensiva, mas com muitas jogadoras a conseguirem pegar entrelinhas e depois acelerar a partir dos corredores ou aproveitar a superioridade numรฉrica no interior (tal como no 3ยบ golo). Muitas dificuldades em contornar tudo isto. Alรฉm disso, Smith ia brilhando e criando demasiado perigo em cada lance em que tinha a bola.

Na segunda parte, o Famalicรฃo comeรงou desde logo por efetuar duas alteraรงรตes tentando mexer com alguma coisa no jogo. No entanto, a partida seguiria no mesmo ritmo, com o Sporting no controlo apesar do Famalicรฃo chegar mais perto da รกrea adversรกria por mais vezes, mas sem sucesso.

As paragens para o VAR seriam novamente um quebra-ritmo nesta segunda parte e isso complicou ainda mais a missรฃo do Famalicรฃo. As melhores oportunidades surgiram para o Sporting e deixavam antever que o resultado poderia nรฃo ficar por aรญ.

Primeiro Jacynta recuperou pela esquerda e arrancou para dentro de รกrea onde rematou rasteiro, passando a bola por baixo dos braรงos de Lu que ainda desviou para canto. A segunda oportunidade surge apรณs uma jogada de insistรชncia que acaba mesmo por vir de assistรชncia de cabeรงa de Smith, que aproveita o movimento curto de rutura de Capeta para a assistir para um belo remate que seguiu para canto.  

O quarto golo surgiria a partir de nova bela jogada de Smith. A lateral esquerda do Famalicรฃo fechou demasiado dentro, o Sporting variou o centro do jogo para Smith que depois no 1vs1 saca uma trivela que parecia controlada por Matilde Fidalgo sรณ que esta ao cortar a bola mete-a precisamente nos pรฉs de Capeta que facilmente marcou mais um golo para a sua equipa.

Os destaques do lado do Famalicรฃo chegam de Regina (tentou remar contra a marรฉ) e de Negrรฃo (esteve no melhor que se conseguiu com bola). Do lado do Sporting, Diana Silva (percebe muito bem o seu papel neste momento e nรฃo se coรญbe de aparecer em zonas de finalizaรงรฃo), Neto (estรก que nem peixe na รกgua a jogar nesta posiรงรฃo), Joana Martins (oferece muito com bola e nunca se esconde) e Smith (a jogar a um nรญvel acima das outras, entortando as adversรกrias por variadรญssimas vezes).

 11 da Jornada:


 MVP da Jornada:




RICARDO CARVALHO

Enviar um comentรกrio

0 Comentรกrios