Fim-de-semana repleto de emoções! Nova jornada com bastante equilíbrio e a demonstrar que teremos muita competitividade até ao fim da época. Com muito para disputar pela frente, muitas jogadoras continuam a marcar pontos neste início de época. Vamos lá falar de futebol no feminino!
SL Benfica 4-0 Clube Albergaria
Uma avalanche ofensiva
por parte do SL Benfica e um mau exemplo de como defender, foi aquilo a que se
assistiu na tarde de Domingo.
As duas equipas produziram
algumas alterações no 11 inicial, o Albergaria apresentou-se sem Manuel Pinho
no banco e a expetativa passava por ver também a resposta que Jéssica Silva
daria no seu regresso à titularidade após lesão mais prolongada.
Uma primeira parte, que tal
como a segunda, foi quase de caminho único na direção da baliza de Cat
Sheppard. Aos 9’ o Benfica viria logo a inaugurar o marcador através de Alidou.
A equipa ia circulando de um lado ao outro à procura do espaço até que Seiça através
de um passe teleguiado nas costas da defesa para dentro de área encontra Alidou
que a dois toques finalizou com sucesso. Logo de seguida, aos 11’ Lewis com um
bom trabalho individual obrigou Lena a boa defesa. Só que o Benfica não se intimidou
e, após livre marcado sobre a esquerda da grande área que acaba por ser cortado,
só que Alidou não dá o lance por perdido e já sobre o corredor direito conduz e
entrega para Laís, que de costas para a baliza, adorna para Seiça marcar um “saco”
de pé esquerdo.
Com uma boa vantagem perto
dos 20’, o Benfica continuava a carburar e a procurar dilatar o resultado. Aos
21’ em ataque rápido conduzido em velocidade por Falcon, passe para dentro de
área onde Alidou atirou ao lado. Logo de seguida, aos 24’ o Benfica continuava
com uma posse de bola elevada e a trocar passes com bastante intensidade e
Andreia Faria, numa grande execução com o pé esquerdo, coloca a bola na cabeça
de Kika com um grande passe e a bola acaba a beijar as redes da baliza de Cat Sheppard,
que ficou muito mal na fotografia.
A equipa continuou à
procura de mais golos. Podia ter chegado aos 30’ numa bomba enviada por Gasper
à entrada da área, com a bola a passar a rasar a barra. Aos 35’ Faria aparece
em rutura no corredor esquerdo, recebe a bola de Falcon e cruza para Kika
cabecear à barra. Cat Sheppard com nova má abordagem ao lance. A última ocasião
da primeira parte pertenceu a Alidou, que ao receber entrelinhas um passe de
Seiça, rodou e rematou para uma boa defesa de Cat.
A primeira parte terminou
com um Benfica dominador e a segunda trouxe mais do mesmo, ainda que a um ritmo
mais de gestão e a pensar no que virá a seguir. Aproveitando o andamento da
primeira parte, logo aos 49’ Jéssica Silva aumenta para 4-0. Num primeiro lance
Jéssica falha na cara de Cat, mas a bola é recuperada novamente perto de área,
Falcon conduz e entrega a Jéssica que sozinha com a baliza pela frente, picou o
ponto e colocou o seu nome na lista de marcadoras do jogo. Healy ainda tenta
esboçar uma reação, quando sai para um ataque rápido conduzido em velocidade desde
o meio-campo e com um bom remate obriga Lena a nova boa defesa.
Só que a partir daqui as
substituições acabam por quebrar bastante o ritmo e o jogo não viria a ter o
resultado alterado. O Benfica continuou à procura, ainda que com menos abundância
de oportunidades. Aos 75’ Ucheibe coloca entrelinhas para Jéssica, que matou no
peito e à meia-volta rematou para boa defesa de Cat. Aos 81’ Paige ainda foi a tempo
de testar Cat, num bom remate na quina da área. Por fim, Lara Martins aumentou o
resultado com um belo cabeceamento, após espetacular cruzamento de esquerdo de
Seiça, mas o VAR viria a anular o lance por fora de jogo de Lara.
Nota final para o mau
desempenho defensivo do Albergaria, com a linha defensiva sempre descoordenada,
falta de agressividade sobre a bola e permissiva no espaço concedido entre os
setores.
Destaques do lado do
Benfica para as boas exibições de Seiça com um golo e uma assistência e
imperial nos momentos com e sem bola. Andreia Faria também em boa evidência com
uma ótima assistência de esquerdo e qualidade no momento de manutenção e criação
com bola. Alidou acrescentou novamente na posição 10 e esteve bastante ligada
ao jogo e aos bons momentos ofensivos. Falcon carimbou uma boa exibição e demonstrou
a criatividade no corredor esquerdo aliando a velocidade ao bom cruzamento. Do
lado de Albergaria, Lewis e Healy tentaram remar contra a maré e criar
dificuldades, mas estavam muito desacompanhadas.
CA Ouriense 0–3 Valadares
Gaia FC
Assistiu-se a um bom jogo
no Campo da Caridade. O Valadares entrou a todo o gás procurando resolver o
jogo desde cedo e juntar a isso bons momentos de futebol. Sidney Parker no centro
da defesa ia dando um recital, tal a facilidade que impunha nos seus passes.
Aos 6’ enviou uma bomba de livre direto à entrada da área que passa perto da
barra de Ana Rita Oliveira. Aos 9’, no lance que antecede o golo, Sidney coloca
nas costas da lateral esquerda de Ourém onde surge Queiroga vinda de trás, cruza
para Cris, que se deixa antecipar. O lance seguiu para canto, executado por Mégane
Sauvé, que coloca a bola na área com conta, pesa e medida para o cabeceamento
fácil de Angeline da Costa a inaugurar o marcador. Apesar disso, a jogadora
surge sozinha por dentro da zona estática defensiva da equipa de Ourém, com muita
facilidade para cabecear.
A equipa de Gaia continuou
com um futebol vistoso, boas interações entre as jogadoras e com um claro
ascendente sobre as adversárias. Aos 14’ Barboz conduziu pelo centro do terreno
em progressão e entregou a Malu que de pé esquerdo ficou perto de marcar um
golaço. Aos 19’ Sidney enviou um passe soberbo teleguiado para o lado contrário,
onde aparece Mégane Sauvé a rasgar vinda de trás, com uma boa receção deixa a
bola preparada para um bom remate, no entanto Ana Rita Oliveira defendeu. Aos
21’ Malu não dá o lance protegido e antecipa-se à defesa que protegia a bola para
ganhar o pontapé de baliza e entrega a Barboz na grande área que permitiu mais
uma boa defesa de Ana Rita Oliveira.
O Ouriense tentava
reagir, tentava voltar ao jogo, mas não estava fácil. A equipa não conseguia jogar,
as avançadas não conseguiam desequilibrar e tirando Lorena na esquerda, também
não conseguiam segurar a bola para a equipa respirar. Com isto, César Pinho
decide efetuar uma substituição aos 27’ tirando Angelina Santos e colocando Meredith
Haakenson no corredor direito tentando conter o perigo que vinha daquele
corredor e ganhar mais verticalidade no corredor. O jogo acabou naturalmente a
diminuir o ritmo até ao fim da primeira parte, sem que antes aos 42’ Malu conduzisse
um ataque rápido, com rápida entrega em Baleia que desfere um ótimo remate defendido
para o poste por Ana Rita Oliveira. A bola ainda sobraria para Malu, mas Tiffany
Eliadis evitaria o segundo golo.
A segunda parte seria
algo diferente. Apesar do ascendente do Valadares, a margem curta que trouxe da
primeira parte permitia à equipa de Ourém pensar noutro resultado. Assim, a
equipa teve bons momentos e conseguiu ter mais bola, no entanto, também sem
criar grande perigo. Aos 59’ Godói consegue o primeiro remate numa jogada de
insistência. Aos 61’ o Ouriense dispõe de um canto que encontra a cabeça de
Lorena que permite uma defesa fácil de Seppi.
A partir daqui as substituições
do Valadares trouxeram novamente a equipa para o jogo. Mégane Sauvé aos 67’
surge em overlapp sobre Erika e cruza rasteiro para Barboz que permite nova
defesa de Ana Rita Oliveira. Aos 75’ Cristina Ferreira isola Baleia que só com
a GR pela frente atira por cima, devendo fazer muito melhor. Aos 85’ Cristina
Ferreira volta a isolar outra jogadora, neste caso, a irreverente Rita Dias que,
desta vez, não perdoou e picou a bola por cima de Ana Rita Oliveira. Ainda antes
do fim do jogo, dentro de área Rita Dias é um perigo (tal como demonstrou na
época anterior) e ao preparar a bola para o drible acaba por sofrer um toque e
ganhar penalti para a sua equipa, que viria a ser concretizado por Cristina
Ferreira.
Na equipa de Valadares
vários serão os destaques. Sidney Parker com uma grande exibição e a aumentar a
qualidade da construção e circulação de jogo da sua equipa. Queiroga qual
locomotiva no corredor direito, deu muita largura e profundidade ao jogo da sua
equipa, dando continuidade ao bom início de época. Mégane Sauvé foi um elemento
mais, sempre com muita disponibilidade e facilidade em aparecer no último terço,
enquanto Malu foi uma completa dor de cabeça para as defesas de Ourém. Nota de
destaque para as entradas de Rita Dias e Cristina Ferreira, que viriam a resolver
o jogo. Rita Dias com um golo importantíssimo e o arrancar de um penalti, viria
mesmo a ser a MVP do jogo.
SF Damaiense 2-0 LANK
Vilaverdense
Mantém-se a
invencibilidade do Damaiense em casa, desta vez à custa do LANK. Apesar de
tudo, o jogo foi muito mais equilibrado do que seria expectável, evidenciando o
crescimento da equipa do LANK. No entanto, quem não finaliza com sucesso estará
sempre mais perto de perder o jogo.
Uma primeira parte muito
errática de parte a parte ao nível do passe e pautada pelo equilíbrio entre as
duas equipas com algum ascendente para o LANK. A equipa de Vila Verde ia
conseguindo mais períodos em posse, mas ia cometendo erros que poderiam ter
sido melhor aproveitados pelo adversário também.
Numa primeira parte sem
muitas ocasiões e com os lances repartidos, o primeiro sinal de perigo chegou
aos 13’ quando Assucena colocou a bola para a diagonal entre centrais
proporcionada por Melany Fortes que, no entanto, no momento de finalizar falha
a bola e permite que Letícia agarre a bola facilmente. Respondeu em primeiro
aos 16’ o LANK quando Faty bate um canto e Laura cabeceia para defesa fácil de
Adriana. Aos 18’ Gabi carregou a bola pelo flanco direito e colocou um
cruzamento rasteiro perfeito mas Nhu não conseguiu finalizar e deixou que o
lance fosse bloqueado pela defesa. Aos 29’ Letícia num dos tais erros críticos,
num pontapé de baliza, em vez de jogar seguro e não arriscar em demasia, coloca
um passe a meia altura para a sua média e claramente ela iria ter uma receção
apertada e difícil, perde a bola para Carlota que sozinha remata fraco e para
longe da baliza. Respondia o LANK, primeiro aos 43’, com Gabi a ser a servida
na direita e a pisar terrenos interiores até ganhar espaço para rematar de pé
esquerdo, sendo que o remate é bloqueado e sobra para Pâmela, que remata perto
do poste de Adriana. Depois aos 45’ nova oportunidade através de um canto batido
que encontra a cabeça de Estefânia, que faz passar a bola a centímetro da
baliza de Adriana.
A segunda parte traz um
jogo diferente, principalmente pelas substituições na equipa da Damaia. A entrada
de Marta coloca sempre a equipa mais pressionante e isso condicionava a construção
de jogo por parte do LANK, levando a alguns erros que antes não tinham acontecido.
Aos 56’ canto batido e a bola sobra para a entrada da área onde se encontrava
Patrícia Barreiros a rematar de esquerdo ao lado da baliza. Aos 64’ novo canto com
a bola a ser ganha nas alturas por Inês Matos que permite a defesa fácil de Letícia.
O momento chave do jogo
está claramente relacionado com a entrada de Lidiane, um autêntico game-changer
nesta partida. Poucos minutos depois de estar em campo aos 66’ cruzamento largo
que Lidiane acaba por receber, vai para cima de Selena e rebenta com o seu
drible a defesa do LANK, que acaba por provocar o penalti. Assucena viria a inaugurar
o marcador após o VAR validar o penalti. O Damaiense continuou a carburar nos
minutos seguintes. Desta vez, Rajaee ganha a 2ª bola e coloca a bola no espaço
onde aparece Raquel a rasgar, mas a rematar ao lado da baliza. Aos 75’ o show
de Lidiane continuava quando o Damaiense circulava a bola com qualidade e faz chegar
a bola até à nº17 que dribla novamente Selena e entrega a Rajaee dentro de área
que remata para um grande golo.
O resultado poderia ter-se
dilatado, mas manteve-se inalterado até ao fim. Aos 85’ Lidiane ganha a bola e tira
duas jogadoras do caminho, entrega a Boland que varia para Marta finalizar para
defesa fácil. No lance seguinte, a bola é batida para o meio-campo e anda de
cabeça em cabeça até chegar a Lidiane, que arranca novamente em velocidade e tabela
com Boland para depois rematar em esforço e fraco. O perigo mantinha-se e aos
86’ a equipa de Vila Verde sai a jogar, mas Joyce entrega mal e Rajaee fica com
a posse da bola, entrega em Marta que, no entanto, sozinha atira por cima da
baliza. Que falhanço!
O LANK ainda respondeu,
mas sem sucesso. Aos 90’ Nhu de livre direto obriga Adriana a aplicar-se. Já
perto do fim da partida, num livre lateral bem cobrado, a bola chega até a Eduarda
Rodrigues, que cabeceia para uma enorme defesa de Adriana Rocha. Manteve o nulo
com este voo.
Destaques no Damaiense
para as boas intervenções de Adriana quando foi chamada a jogo. Assucena pelo
golo e ter mantido a qualidade no centro do terreno, não permitindo veleidades.
Rajaee a aparecer bem no centro do terreno, a dar-se ao jogo e a marcar um
grande golo. Raquel Ferreira mantém o nível exibicional e Lidiane entrou para
detonar a partida, com vários lances de qualidade. Do lado do LANK os destaques
já habituais de Gabi, sempre muito fiável no corredor direito e a integrar-se
no ataque da sua equipa. Laura Marin volta a fazer uma bela partida no centro
do terreno, preenchendo bem os espaços e dando outro tipo de capacidade de luta
no miolo. Pâmela certinha e a manter o equilíbrio nas suas exibições.
CS Marítimo Madeira 0-2
Racing Power FC
Jogo muito equilibrado apesar
do maior ascendente para o RPower. A partida nem sempre foi bem disputada e foi
claramente marcada pelos duelos físicos, as divididas, as 1ªas e 2ªs bolas, muita
bola pelo ar e pouco discernimento. Duas equipas claramente capazes de bastante
melhor.
Um jogo com poucas oportunidades
claras de golo, apesar do RPower ter cercado por várias vezes a área do Marítimo.
O jogo começou com a primeira oportunidade a pertencer a Telma Encarnação que recebe
um cruzamento da direita e remata para muito longe. Aos 16’ respondia o RPower,
livre batido rapidamente por Sini a meio campo e Idoko conduz e remata de longe
ao lado da baliza. Continuava o RPower a empurrar o Marítimo para trás e aos 18’
quando tentavam sair a jogar curto, Lara Costa de costas para o jogo e bastante
pressionada, perde a bola para Idoko que entrega em O’neill a rematar ligeiramente
por cima da baliza de Bárbara.
O RPower mantinha o seu
jogo mais direto e procurava chegar à vantagem. Aos 28’ livre batido por Solange
a meio do meio-campo ofensivo e a bola a voar até encontrar a cabeça de Evy, no
entanto, encontrava-se ligeiramente adiantada em relação à trajetória da bola e
assim facilitou a defesa de Bárbara. Aos 33’ novo livre no corredor esquerdo, desta
vez batido por Neuza e na insistência entre vários ressaltos, Idoko acaba por
rematar para o primeiro golo do jogo.
A segunda parte trouxe um
jogo na mesma toada. Um jogo de muito suor e muita disputa pela bola. Logo no
início da segunda parte, Neuza no corredor direito traz a bola zonas mais interiores
e remata de esquerdo, mas sem perigo. O Marítimo respondeu de seguida, numa boa
jogada de envolvimento do seu ataque, que leva Laura Luís a servir Frederiksen a
vir de trás a rematar em esforço para defesa de Michaely.
Este início de jogo
poderia antever uma segunda parte diferente, mas manteve-se tudo igual. Poucas
oportunidades e poucas jogadas de grande relevo. Aos 60’ canto batido na direita
e a bola a ser cortada para a entrada da área onde se encontrava Vetter a rematar
para as nuvens. Aos 74’ livre batido do meio-campo pela central maritimista a
ser cortado para a entrada da área onde se encontrava a inevitável Telma que recebe e remata de esquerdo para boa
defesa de Michaely. Já nos instantes finais, Vetter ganha em velocidade às centrais
do Marítimo e não se deixa apanhar, desviando de Bárbara para o segundo golo.
Do lado do Marítimo
deixar destaque para o jogo regular de Laura Luís e Frederiksen. No lado do RPower,
Sini e Solange dominaram o meio-campo, enquanto Idoko foi acelerando sobre a
esquerda e Vetter entrou para resolver o jogo.
SCU Torreense
1-0 FC Famalicão
Bela partida de futebol entre
duas boas equipas. Duas partes distintas no jogo e com as equipas a disputarem
o resultado do jogo até ao final dos 90’.
A primeira parte trouxe
um Torreense com maior ascendente sobre o adversário, que não conseguia
condicionar o jogo da equipa de Torres Vedras. Apesar disso, o primeiro lance
surge aos 4’ quando Pavlovic coloca um passe a rasgar a defesa para Amber que não
consegue finalizar com sucesso, permitindo a defesa de Leonor Faria na saída
aos pés da avançada. Aos 16’ começa a viragem de jogo durante a primeira parte,
quando Croco sozinha na área falha um passe curto e Janaina interceta a bola,
rematando na lateral para fora do alvo. Aos 18’ o Torreense recupera a bola no
meio-campo ofensivo, Maria Ferreira recebe a bola orientada para a baliza adversária,
desferindo um remate que leva Croco a ter de voar para defender a bola. Aos 26’
Maria Negrão perde a bola em zona proibida, sobra para Malta que tenta o remate
mas Mirón com um corte espetacular limpa o perigo para a sua baliza. A bola
acaba por sobrar Maria Ferreira que remata para mais um voo de Croco a evitar o
golo.
No lance seguinte, aos 27’
o jogo acaba por mudar ligeiramente, novamente com erro proporcionado por uma
guarda-redes, neste caso do lado do Torreense. No seguimento da jogada anterior,
o Famalicão corta a bola para a entrada da área, o remate é bloqueado e a bola é
metida no espaço para Sara Monteiro, que ao ver a saída fora de tempo e de zona
remata do meio-campo, só que a bola vai fraca para a baliza, a tempo de Leonor
regressar e agarrar a bola facilmente. O Torreense responde com Malta a colocar
uma bola milimétrica nas costas da defesa para Maria Ferreira que remata muito
perto da baliza. O Famalicão ainda respondeu por Sara Brasil aos 40’ que cobra
um livre perto da baliza com um remate muito por cima.
A segunda parte, trouxe
alguns ajustes e um Famalicão mais pressionante. A equipa acabou por cumprir
melhor as distâncias de pressing e aumentar a intensidade com que o fazia,
diminuindo o espaço entre setores. Aos 47’ livre lateral batido por Regina
Pereira em direção à baliza, que obriga Leonor a defender para a barra e a evitar
ser enganada pela trajetória. Aos 52’ novo livre lateral batido e a bola sobra
para Vanessa Marques, que à entrada da área mete um passe repleto de açúcar entre
a defesa e Miron remata para bela defesa de Leonor Faria. Aos 60’, o Famalicão
mantinha-se a carregar e desta vez criava perigo através de saída mais direta com
passe longo de Miron para a referência de Vanessa Marques que cabeceia e serve
Amber, só que a avançada remata para defesa fácil.
Aos 66’ um momento chave
com a saída de Malta por lesão após choque de joelhos com a guarda-redes de
Famalicão e entrada de Jassie. Aos 68’ Érica Bispo cruza para Maksuti que
recebe orientado para remate para boa defesa de Leonor Faria aos seus pés. Aos
77’ Jessie bate o livre lateral e Gi antecipa-se a Croco, mas cabeceia ao lado.
Aos 81’ lance capital do jogo. Saída em construção desde trás a apanhar o
meio-campo do Famalicão totalmente descoberto e Rufino com espaço a servir
Janaina, que leva em velocidade e cruza para Jassie finalizar.
Destaques do lado do Torreense
para Ellie Walker a comandar a defesa, Leonor Faria pelas várias intervenções
de qualidade, Maria Ferreira a dar-se ao jogo e a criar bastante perigo e
Jassie pelo golo marcado e ter mudado o rumo do jogo. Do lado do Famalicão,
Miron em bom plano novamente e Pavlovic a assegurar a construção e a pautar o
jogo da sua equipa, sendo também importante no momento de recuperação.
SC Braga 1-1 SC Portugal
O jogo grande da jornada.
Disputado em pleno Estádo da Pedreira, palco perfeito para o bom jogo a que se
assistiu e que manteve o Braga invicto na presente época.
O Sporting trazia a lição
bem estudada e teve um início de jogo completamente dominador. Chegou cedo ao golo
através de Diana Silva, após boa recuperação de Cláudia Neto a meio-campo, que
entrega a Capeta que com um cruzamento perfeito serviu a avançada portuguesa
para o primeiro da partida. O Sporting continuou a carregar e podia ter aproveitado
para aumentar a vantagem. Aos 8’ Jacynta serve Diana na velocidade que se isola
e na tentativa de dar ao lado para Ana Capeta, permite mais um corte de Miller.
Aos 10’ Jacynta que se mantinha irrequieta, não desiste da bola que parecia
sair pela lateral e ganha a Azevedo, assistindo Capeta que de esquerdo remata por
cima. Aos 11’ novamente Jacynta é servida na esquerda e flete para dentro,
obrigado Patrícia Morais a boa defesa. Aos 15’ Mylena em bom trabalho individual
tira a defesa da frente e remata para boa defesa de Jóia. Aos 28’ Fátima Pinto
cabeceia ao lado após livre bem batido por Ana Borges, falhando por pouco o
segundo golo. Aos 30’ sem que muito fizesse antever, o Braga chega ao empate através
de um canto em que Vitória Almeida aparece a cabecear sozinha dentro de área.
Aos 33’ Tânia Rodrigues ainda marcou um belíssimo golo, que viria a ser anulado
pelo VAR. Aos 41’ Norheim na saída em construção recebe desastrado e permite a
Mylena isolar-se perante Jóia, que acaba por defender com as pernas para canto.
Aos 42’ na resposta, Jacynta manda uma bomba do meio da rua à barra da baliza
defendida por Patrícia Morais. E que golo que seria!
Na segunda parte, Marau
entrou logo ao intervalo para ajudar a conter os desequilíbrios criados por
Capeta naquele corredor. O SC Braga controlou melhor o jogo e teve maiores
períodos de posse. Miller aos 51’ arranca em progressão desde a defesa e cruza para
Vitória Almeida que é derrubada por Maiara. À primeira Carolina Jóia defende o
penalti, mas o VAR manda repetir pois, a jovem guarda-redes não tinha nenhum
dos pés na linha de baliza quando Vitória remata. Na segunda tentativa, Vitória
remata para as nuvens e desperdiça a oportunidade de bisar. Aos 60’ Maiara
serve Diana no espaço e a avançada leva até fugir do enquadramento da baliza e
rematar muito por cima.
O Braga mantinha-se por
cima do encontro, mas o Sporting mantinha-se perigoso a atacar. A equipa de
Cabral trocava a bola e procurava construir, Ana Borges coloca um ótimo passe
longo na profundidade e Diana Silva ganha em velocidade às defesas, só que estando
com o ângulo do primeiro poste tapado, ainda tentou ajeitar de forma a ter
ângulo de remate, mas chutou contra Patrícia Morais. Aos 68’ Kehrer isolada
perde a oportunidade de rematar, deixando-se antecipar pelas defesas. O jogo
mantinha-se mastigado a meio-campo e sem grandes ocasiões para golo. Muitos
passes falhados no último terço demonstrativos de desinspiração. Aos 87’ num
canto a melhor oportunidade para o Braga, quando Jóia falha a palmada na bola e
quase sofre o segundo, com a bola a ser cortada perto da linha de golo.
Destaque principal do
lado do Braga para a enorme exibição de Miller no centro da defesa, Mylena em
bom plano a desequilibrar e Vitória que apesar de falhar um penalti, marca o
golo que dá o empate. Do lado do Sporting boa exibição de Jóia, apesar de um ou
outro erro, Borges bem defensivamente e no passe longo, Neto muito bem a
assumir o jogo e a manter a boa forma, Capeta a aproveitar o espaço na lateral
e Jacynta a ser a principal desequilibradora da equipa, muito solta no corredor
e sem medo do 1vs1.
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