Completou-se mais um fim-de-semana de LIGA BPI! O equilíbrio foi novamente nota de destaque e os resultados comprovam-no. As equipas começam a posicionar-se, mas pelo que se tem assistido teremos um campeonato com muitas surpresas. Vamos então falar de futebol no feminino!
FC Famalicão 0-5 SL Benfica
Primeira parte com trânsito
condicionado para a baliza de Famalicão. O Benfica foi dominando e tendo uma
maior posse de bola, rondou bastante a área, mas não criou tanto quanto o habitual.
Os setores bem juntos e a retirada do espaço entrelinhas acabou por dificultar a
vida ao Benfica.
O primeiro remate surge
num canto curto ensaiado com Jéssica a receber a bola em frente à área e a rematar
por cima aos 4'. Aos 7' Catarina Amado lança um passe na profundidade para
Jéssica Silva que ganha a frente à sua adversária, mas remata de longe para
defesa fácil. Continuava o Benfica a empurrar o Famalicão para trás e aos 9’
Kika dá-se bem no apoio frontal, tabela simples com Lúcia Alves e serve as suas
colegas na área com cruzamento rasteiro que encontra os pés de Falcón a rematar
ao poste da baliza.
O Famalicão procurava surpreender
com saídas rápidas, mas só viria a chegar perto da baliza aos 12’ através de um
canto que foi batido para Raquel Infante cabecear longe do alvo. Aos 19' cruzamento
da esquerda e Vanessa Marques remata ao lado da baliza de Lena Pauels.
O jogo mantinha-se morno
e o Benfica viria a criar perigo apenas novamente aos 30’ através de livre
direto à entrada de área marcado por Kika com a bola a passar ligeiramente
acima da baliza. Logo de seguida após recuperação de bola, Lúcia Alves coloca
direto em Kika que remata em arco ao lado da baliza.
Mais um período sem
grandes oportunidades e a estratégia do Famalicão parecia resultar na perfeição.
Matilde Fidalgo no trio de centrais a ajudar com a velocidade que lhe é caraterística
e assim a permitir que Regina jogasse no duplo pivôt com Pavlovic, ficando
encarregues de tapar o espaço entrelinhas, estando claramente atribuídas a um
desgaste defensivo grande.
Aos 40' o Benfica
encontra algum espaço nas costas da defesa, Andreia Faria coloca um grande
passe nas costas para Kika que cabeceia aproveitando uma péssima saída de Croco
e inaugura o marcador! O Benfica continuou a carregar e aos 43' Lúcia Alves
cruza e Kika com um remate acrobático remata ao lado. Aos 45' o Famalicão em
construção perde a bola, Alidou solta no espaço para Jéssica que à saída de
Croco tenta picar, mas a GR defende com a mão direita.
A margem mínima mantinha-se,
só que o Famalicão entrou mais desgastado e adormecido e cedo se percebeu que o
Benfica iria procurar dilatar o resultado. O primeiro sinal disso surge aos 50’
com Jéssica Silva a empurrar a bola para a baliza após cruzamento de Falcón e
lance de insistência com Lúcia Alves a ir na disputa no ar pela bola, mas Kika
encontrava-se fora de jogo e o VAR acabou por intervir. Aos 54’ Alidou não
desiste da bola após canto batido demasiado largo do lado oposto, entrega a Catarina
Amado que se mostrou como opção e esta coloca um ótimo passe cortado para o 2º poste
onde aparece Laís a servir de cabeça para Jéssica finalizar e aumentar a vantagem!
O jogo manteve-se em disputa com muitos duelos e o Famalicão a tentar dar réplica. Aos 69’ o Famalicão perde bola no meio-campo ofensivo e permite ao Benfica sair para o ataque rápido, Lúcia Alves não desiste de um cruzamento largo e entregou para Andreia Faria conduzir à vontade para dentro de área e a rematar de esquerdo, só que a bola sofre novo desvio e viaja para o lado oposto onde encontra Jéssica Silva que cruza, Andreia Faria a vir de trás e a marcar o terceiro para o Benfica.
Continuou o Benfica a carregar e a dar nova lição de como sair para o contra-ataque. Livre a favor do Famalicão a ser marcado de forma curta e Pavlovic recebe mal, Kika ganhou a bola e em jogada coletiva conseguem fazer a bola chegar no espaço para Nycole cruzar de primeira de esquerdo para Kika que empurra literalmente a bola para o 4º golo.
Logo de seguida, corte defeituoso de Lúcia que acaba por
deixar Sara Brasil sozinha, mas com a bola no ar acaba por rematar fraco para a
baliza de Lena.
O Benfica viria a acabar
por aumentar a vantagem aos 91’ através de livre direto batido por Marta Cintra,
que deixa novamente a sensação de Croco ter sido mal batida.
Destaques do Benfica para
uma boa exibição de Catarina Amado no centro da defesa, tanto no plano ofensivo
como defensivo. Andreia Faria novamente em bom plano a dar-se muito ao jogo e a
não se limitar a um raio de ação no centro do terreno e às recuperações de
bola, mas a pautar o jogo da sua equipa e a encher todo o campo com a sua
presença. Alidou importante para o jogo entrelinhas do Benfica, Jéssica Silva
importante a esticar o jogo da sua equipa e Kika a marcar mais dois golos e a
oferecer a qualidade habitual à sua equipa.
LANK FC 2-4 SC Braga
Jogo mais difícil que o
esperado para o Braga, mas somente uma surpresa para quem não tem acompanhado a
evolução desta equipa do Lank. A equipa do Braga apresentou-se com alterações importantes
no 11, enquanto no Lank a nota principal passa pela incorporação da talentosa
Gabi numa posição mais ofensiva.
O Braga procurou assumir
as despesas do jogo desde o apito inicial e rematou pela primeira vez aos 2’
por Ana Rute, no entanto a defesa do Lank acabou por bloquear a tentativa. O
Lank mantinha-se a tentar conter a ofensiva bracarense e não dava aso a grandes
surpresas, optando por saídas longas quando muito pressionadas Aos 13’ depois
de uma dessas saídas, conquistam um livre a uns bons 35 metros, que Nhu viria a bater, mas a sair longe do alvo. O jogo continuava com a mesma toada e Iara
conquistou um livre ainda distante para a sua equipa, que Joyce viria a bater
para defesa fácil de Patrícia Morais.
O Braga continuava a
circular a bola, mas de forma lenta e sem conseguir resposta para o bloco
defensivo que o Lank montou para o jogo. Aos 25’, no entanto, viria a chegar à
vantagem em dois passes. Miller excelente a colocar no espaço nas costas da
defesa, onde Vânia aparece a atacar a profundidade e a conseguir cruzar de
primeira para Carolina Mendes, que vinha de trás e com espaço a cabecear para o
primeiro da partida.
De seguida, aos 27’ numa
jogada de insistência surge um cruzamento vindo da esquerda que Vitória ao tentar
dominar para ter oportunidade de finalizar, acabou por servir Bia Meio-Metro que
permite a defesa com o pé de Letícia. Perto da meia hora, a defensiva bracarense
atrasa a bola até Patrícia Morais que alivia mal a bola e quase sofre um chapéu
de Gabi, agarrando a bola a tempo antes dela entrar. O Braga voltou a responder
aos 34’ por Vânia num livre direto mas a bola saiu ao lado da baliza.
A chegar aos 40’ de jogo
a história do jogo viria a alterar-se e o jogo viria a ganhar nova vida. Carolina
Mendes foi servida na linha e cruzou rasteiro para a área onde a defesa de Vila
Verde cortou a bola para a entrada da área, onde se encontrava Ana Rute que remata por
cima da barra de Letícia. E a resposta não tardaria a chegar e que resposta!
Aos 43’ bola pelo ar a chegar a Nhu, que segura muito bem a defesa nas suas costas
e roda ainda dentro do seu meio-campo, joga para Pâmela na esquerda e o passe
para as costas acaba por chegar a Maria que com toda a calma, adorna para o
esquerdo e tira a defesa da frente, rematando para o primeiro golo no campeonato!
Este resultado levou o Braga
a ter de procurar a vitória o mais rápido possível. Ao intervalo realizam-se 4
substituições, entrada de Dolores para o meio-campo e a frente de ataque totalmente
renovada. Previa-se um jogo ainda mais aberto da parte do Braga e a correr
maiores ríscos e foi isso a que se assistiu.
Aos 53’ surge o primeiro
sinal sério de que o Braga queria resolver a partida rapidamente. Livre lateral
batido e Miller a ganhar no ar, levando a bola a viajar até à trave da baliza de Letícia.
O Lank não baixou os
braços e não se encolheu. Aos 54’ bola a entrar no espaço, Miller falha o corte
e Nhu ao ultrapassar Morais remata às malhas da baliza. Logo de seguida aos 56’
a bola é cruzada da direita, sai mais fraco do que o esperado e encontra Gabi
na entrada da área que à meia volta desfere um grande remate para boa defesa de
Morais. Resposta do Braga aos 58’ com Carolina Rocha a conduzir e sem chegar ao
terço final a cruzar para Efih que sozinha com a GR permite a defesa de Letícia.
Jogo de parada e resposta
nesta altura do encontro. Aos 61’ Joyce de livre na direita remata fraco para o
meio e, no lance seguinte, Ana Rute arrisca de livre direto, Letícia
fica muito mal na fotografia quando tenta colocar a bola para canto, permitindo que
a bola entrasse no meio na sua baliza. Colocava-se novamente o Braga na frente!
O melhor do jogo estava
claramente reservado para os minutos finais. Aos 83’ o Lank dispôs de um livre lateral
perto da área bracarense, que após ser cortado encontra Mylena e a jogadora numa
grande correria a conduzir o contra-ataque, entrega a Kehrer que remata longe e
fraco do alvo. Aos 84’ Efih domina a bola e deixa-a correr em demasia até que
Estefânia entra com tudo e corta a bola para longe. O Braga a subir no terreno
é apanhado em contrapé e Nhu ganha a bola nas costas, ultrapassa Morais e dá o
empate para a sua equipa!
O Braga não baixou os
braços e foi logo de seguida procurar a vantagem que lhe desse os 3 pontos. No
lance seguinte Efih após cruzamento tem oportunidade para celebrar, mas
cabeceia para defesa de Letícia. O Braga chegaria novamente à vantagem aos 92’
num livre lateral batido de forma exímia por Vânia Duarte que acaba a beijar as
redes da baliza adversária. Que grande golo, sem hipóteses!
Ainda antes do fecho do
jogo aos 90+9, Ana Rute dispôs de um livre frontal e voltaria a celebrar. Bom
remate a desviar da barreira, mas Letícia a ficar novamente com culpas no lance,
estando claramente um passo à frente e a não conseguir impedir o quarto
golo.
Destaques no Lank para a
exibição coletiva, num jogo de grande sacrifício e com vontade de inverter o
rumo dos acontecimentos. A novidade de Gabi mais à frente solta a equipa e traz
uma equipa mais perigosa no último terço, uma excelente companheira para Nhu. A
vietnamita fez uma grande partida, pressionando e dando-se bastante ao jogo,
sabendo quando guardar a bola e quando atacar o espaço, ganhando um golo dessa
forma. No meio Laura voltou a ser um esteio na vertente defensiva, enquanto Estefânia
foi secando as avançadas e ainda foi a tempo de uma assistência para golo. Do
lado do Braga, destaques para Vânia e Rute pelos golos obtidos. As duas
jogadoras mostraram-se num bom plano e foram sempre das jogadoras mais
esclarecidas durante o jogo.
Racing Power FC 2-0 CA
Ouriense
Racing Power a entrar a tentar dominar e resolver o jogo desde o apito
inicial. Logo aos 4’ Vetter após jogada de insistência faz o primeiro remate da
partida para defesa fácil de Ana Rita Oliveira.
O primeiro golo do jogo viria a surgir de um livre batido a meio do meio campo ofensivo. Beatriz Rodrigues aos 13’ bate o livre tentando servir as suas colegas, nenhuma colega consegue intercetar a bola e a trajetória acaba por enganar Ana Rita Oliveira, tendo batido no chão à sua frente e acabado por entrar. Estava inaugurado o marcador!
O jogo mantinha-se sem grandes oportunidades, apesar do claro ascendente
do Racing Power. Ainda que se aproximasse mais vezes da baliza do seu adversário,
mantinha-se um desafio com muitos duelos e muitas ações técnicas erradas. Muitos
passes falhados, muita bola despejada e a bola a ir para fora mais vezes que o
desejável. Aos 33’ Idoko serviu Vetter, mas a avançada rematou de qualquer
forma para longe da baliza. Aos 37’ Neuza fica com uma 2º bola e remata de
esquerdo bastante longe do alvo. Aos 39’ após livre batido pelo Ouriense Michaely
agarra a bola e lança o ataque rápido, colocando a bola com muita força na frente.
Vetter que tinha ficado na frente acaba por ganhar a bola às defesas, mas no
frente a frente com Ana Rita Oliveira a guarda-redes levou a melhor. Até ao fim
da primeira parte, Sini ainda rematou de longe, mas a bola passou bastante ao
lado do alvo.
A segunda parte trouxe desde logo duas alterações no RPower, talvez por
estarem amareladas. A equipa entrou cheia de vontade e Rochinha fez desde logo
a diferença. Aos 46’ Evy cruzou para Rochinha que plena de intenção rematou
para defesa de Ana Rita Oliveira. Na sequência da jogada Sini falha o passe, a
bola sobra para Rochinha que isola Vetter e a americana finalmente faz o seu
golo e aumenta a vantagem no jogo.
O Racing começou a acentar o seu jogo e finalmente a ver-se algum momento
de futebol jogado. Aos 51’ após jogada de envolvimento no corredor direito, Evy
flete para o meio e remata de esquerdo obrigando Ana Rita Oliveira a uma grande
defesa.
O Ouriense começou a tentar estabilizar o seu jogo e esboçou alguma reação
aos 66’ através de um remate de Manu, que chegou fraco à baliza da GR do Racing
Power. Respondeu logo de seguida com Tivnan a cabecear para fora após canto batido.
E novamente ao minuto 69’ Sini mete um passe de morte para Solange que cruza uma
bola repleta de açúcar para Rochinha, que não aumentou o marcador apenas porque
Ana Rita Oliveira ainda foi a tempo de evitar males maiores. Continuava a forçar
aos 70’ com Idoko a partir no lance individual, cruza para dentro da área só
que muito largo, ainda a tempo de Solange de calcanhar deixar para Beatriz Rodrigues
rebentar uma bomba que só parou com as mãos de Ana Rita Oliveira novamente. Aos
76’, 82’ e 93’ Solange ainda tentou com remates dentro de área, mas todos foram
fracos para a baliza e o resultado não viria a alterar-se.
Destaques claros do lado do Ouriense para Ana Rita Oliveira que foi evitando
males maiores, tal foi a quantidade de defesas a impedir o volumar do resultado.
Eliadis foi cortando o que conseguiu e demonstrou importância no eixo
defensivo. Do lado do Racing Power, Neuza foi remando contra a maré na primeira
parte e tentou colocar alguma clarividência. Sini dominou no meio-campo e foi
importante na ligação entre os dois setores. Vetter fartou-se de trabalhar e de
acelerar em direção à baliza adversária, conseguindo um golo para juntar a uma bela
exibição. Estava por todo o ataque literalmente. Tivnan esteve imperial no centro
da defesa e não deu hipóteses às suas adversárias. Beatriz Rodrigues
desbloqueou o jogo e esteve nos melhores períodos com bola da equipa.
CA Albergaria 1-3 CS Marítimo Madeira
A primeira oportunidade surge logo no primeiro minuto. O Marítimo assumiu
a posse da bola desde o apito inicial e tentou sair apoiado. O Albergaria metia muitos elementos na pressão, deixou entrar a bola em Lara no meio-campo que a perde para Healy e a avançada remata à entrada da área, mas sem grande perigo.
O Marítimo continuava a cometer muitos erros na construção do seu jogo,
mas sem deixar que o Albergaria criasse muitas ocasiões e muito perigo. Aos 20’
Telma de livre direto rematou ao lado da baliza após lance faltoso sobre
Frederiksen.
Chegávamos aos 25’ quando o Marítimo consegue chegar à vantagem. Bola
recuperada por Laura Luís que passa para Érika Costa e esta coloca no espaço para
Telma Encarnação aproveitar a distância e desorganização da defesa de
Albergaria e rematar de esquerdo para o fundo da baliza. O lance viria a ser
anulado pelo VAR! Ficou o primeiro aviso que aí viria.
Novo lance aos 30’ e desta vez o Marítimo chega mesmo à vantagem. Livre
lateral no corredor direito batido por Frederiksen e mais uma vez demonstrativo
da desorganização defensiva do Albergaria. Bunnell disputa a bola só que coloca
nas suas costas para Telma Encarnação e a goleadora não perdoou.
Respondeu o Albergaria aos 34’ após cruzamento de canto curto com Healy a
cabecear ao lado. Érika aos 36’ remata ao lado da baliza, mas aos 39’ viria a não
facilitar. Boa jogada de interação com Telma Encarnação após recuperação da
bola batida pelo Albergaria. A extrema entregou na goleadora Telma que corta a
bola para dentro tirando Paula Ruess da frente e entrega depois a Érika que aumenta
para 0-2 o resultado.
Perto do final em ataque rápido, somente a falta de comunicação entre
Laura Luís e Telma evitou que o resultado se alargasse ainda mais, tendo as
duas largado a bola já dentro de área e a bola a ir para os braços de Cat.
O início da segunda parte trouxe duas alterações para o Albergaria. Ainda
assim, o primeiro lance de perigo surge após perda de bola da equipa de Albergaria em
construção, tendo Joana Silva prontamente entregue a Laura Luís que serve Telma
e esta remata por cima.
O Marítimo seguia com jogada em construção desde trás e mais uma vez a
bola a entrar em Laura Luís que inicia a jogada entrelinhas, coloca um passe
de morte para Érika que cruza para Telma cabecear com sucesso e aumentar a vantagem
para 3 golos. Lance revisto pelo VAR e encontrado um fora de jogo no início da
jogada. Mais um aviso!
No lance seguinte, aos 56’ Paula Ruess arrisca o passe em construção e
Telma sempre à espreita, antecipa o lance e fica com a bola, rematando sem
medos, tendo mesmo sucesso, marcando assim o terceiro para a sua equipa.
O jogo adormeceu um pouco. Um período sem grandes ocasiões com as duas
equipas a saírem com bola controlada, mas a perderem muitas vezes a posse.
Ainda assim iam chegando perto das áreas adversárias.
Aos 70’ Lewis coloca um grande passe para ótima desmarcação de Couto que
ainda ultrapassa Bárbara, mas remata às malhas laterais.
Respondeu ainda aos 77’ o Marítimo através de um grande lance individual
em que fugiu da esquerda para dentro e rematou do meio da rua, mas viu Cat a
defender para canto.
Até final o jogo não viria a ter grandes oportunidades, mas o marcador viria a alterar-se. Aos 84’ Babik na
sequência de um canto remata por cima e, finalmente, aos 91’ quando o Marítimo tentava
sair em construção, viu Healy recuperar a bola e após boa jogada cruzou para dentro
de área onde Paula Fernandes acaba por cortar o lance de direita para dentro da
baliza.
Destaques do Albergaria para Healy que tentou sempre que a sua equipa
levasse perigo para o adversário. No lado do Marítimo, Joana Silva envolveu-se
bem no ataque e manteve sempre o rigor defensivo. Laura Luís foi preponderante
na manobra ofensiva pela forma simples como se colocou entrelinhas a receber
bolas e a servir as suas avançadas. Érika foi uma dor de cabeça com a forma
como acelerava e aparecia em espaços interiores a criar perigo. E a MVP do jogo
Telma que esteve em todo o lado e deu mais uma demonstração do enorme talento
que detém.
Sporting CP 3-0 SCU Torreense
Esperava-se uma boa partida
de futebol entre duas boas equipas e assim se concretizou. Bons momentos de futebol,
mas com um claro domínio do Sporting.
Desde cedo o Sporting tentou
chegar à vantagem. Aos 2' surge a primeira aproximação numa boa jogada de
envolvimento entre Brenda e Diana a tabelar ao primeiro toque até que Ellie
Walker consegue cortar a bola. Minuto 7 e brinde de Gi quando o Torreense tentava sair em
construção, mas Neto remata sozinha ao lado da baliza. Aos 9' Ana Capeta chega
em primeiro em velocidade à bola e Ellie comete penalti ao tentar intercetar o lance.
Cláudia Neto marca o primeiro da partida, não dando hipótese à jovem Leonor
Faria.
O Sporting mantinha o ritmo
e procurou sempre ampliar a vantagem. Aos 13' boa triangulação na direita, com
Neto a cruzar no corredor, só que Sudré corta a bola e acaba por servir para
uma cabeçada de Diana Silva a passar pertíssimo do poste. Aos 15' Maiara aparece isolada após toque em
apoio de Diana, mas permite uma boa defesa a Leonor Faria. Na sequência, canto
batido na direita e Maiara cabeceia ao lado.
O Torreense demonstrava
bons apontamentos e conseguia sair apoiado desde trás, no entanto a passagem
para a 3a e 4a fase acabava por não acontecer, faltando essa conexão para
conseguir criar mais perigo.
O jogo mantinha-se em aberto
e bem disputado. No minuto 22 Cláudia Neto isola Diana Silva, que permite uma
grande defesa a Leonor Faria. Responde o Torreense aos 24' através de livre
direto de longe batido por Jassie, com a bola a passar muito por cima. O Sporting
mantinha a toada e aos 36' vê Neto servir Capeta que ganha na velocidade e
aproveita o espaço nas costas da defesa, cruzando para Diana Silva que permite
nova defesa de Leonor. A bola ainda sobra para Jacynta que com a baliza aberta
permite o corte de Sudré.
O Torreense passou a
pressionar de forma diferente, contendo mais o jogo. As MC garantem que as centrais
interiores não progridem com bola. Além disso as DC saltam mais rápido para as
MC adversárias no espaço interior.
O Sporting ainda forçou a
vantagem quando aos 45+2 Jacynta empurra a bola para a baliza após um grande
cruzamento de Ana Borges, mas o VAR anula o lance pois, Diana Silva ao tentar
cabecear acaba por tocar na bola com a mão.
A segunda parte trouxe
mais do mesmo, no entanto, a alteração à forma de pressionar acabou por tornar o
jogo mais difícil para o Sporting. Apesar disso, aos 50' de canto, Capeta ganha
às opositoras no ar e faz o segundo da partida.
O Sporting manteve-se sempre
por cima e apesar de conter o ataque leonino, o Torreense pouco mais fez do ponto
de vista ofensivo. Aos 58' Bravo varia o centro de jogo e Capeta recebe a bola,
fletindo para dentro para rematar de esquerdo e permitir boa defesa de Leonor. Aos 65' Maiara bate livre direto e Janaina que
se encontrava na barreira, a proteger a cara com o braço, levando a árbitra a
assinalar penalti, que viria corretamente a ser anulado pelo VAR. Olívia Smith no minuto 72’ forçou o 1 para 1
na direita, ganhou em velocidade e ultrapassou Margarida Sousa servindo Maiara
que remata ao lado.
O Sporting continuava à
procura de mais e aos 81' Joana Martins acertou na trave com um belo remate
fora de área. Novo lance de perigo quase de seguida, com Capeta a ganhar a bola
na profundidade, ainda cai a pedir penalti, levanta-se e remata para boa
defesa de Leonor Faria.
Já perto do final da partida,
Jacynta não desistiu de um cruzamento largo e ficou com bola, entregou a Olivia
Smith que sofreu penalti de Rafa Sudré. Brenda Perez não vacilou e carimbou o
resultado em 3-0!
Os destaques nesta partida
vão para mais uma boa exibição de Cláudia Neto destacando-se ao nível do passe,
pela forma como conseguiu sempre servir as suas colegas e criar alguns calafrios
à defesa adversária. Capeta no corredor conseguiu novamente uma boa exibição e,
desta vez, juntou um golo a uma performance que extraiu o que de melhor ela
pode oferecer ao jogo. Maiara no centro esteve sempre muito participativa e
acabou por lhe faltar somente o golo. Do lado do Torreense, Leonor Faria foi
impedindo outro resultado com boas intervenções e Carolina Correia demonstrou
muita assertividade e segurança durante toda a partida, tendo alguns cortes
importantes. Sudré foi fundamental a anular Jacynta, mas acaba por cometer um
penalti desnecessário e que mancha a boa exibição que vinha a fazer.
Valadares Gaia FC 0-1 SF Damaiense
Duas das boas equipas do campeonato encontraram-se nesta jornada. Partia o Valadares com favoritismo pelo
grande arranque de época que estava a realizar, mas o Damaiense devia ser tido
em conta por tudo o que tem feito nestas duas épocas.
O Valadares procurou assumir as despesas do jogo e procurar chegar à vantagem
o mais rápido possível. Aos 2’ Barboz recupera a bola e lança um grande passe
no espaço para Malu que endereça um ótimo remate à trave. Estava dado o aviso!
O jogo equilibrava-se e as equipas criavam um jogo vertiginoso. Aos 13’ a
defensiva de Gaia corta a bola, esta entra em Cris, que conduz rapidamente até
entregar em Malu que desperdiça a oportunidade no seu remate de esquerdo.
As duas equipas continuavam a tentar servir os seus ataques através de
bolas no ataque à profundidade. Aqui tanto Malu (Valadares) como Marta
(Damaiense) estavam a ser constantemente solicitadas e a conseguir ganhar esse
espaço sem criar perigo em demasia. Aos 26’ Malu é solicitada por Cris e
arranca em velocidade, mas de esquerdo volta a rematar ao lado. O jogo encontrava-se
muito repartido.
Aos 37’ Barboz ganha um lance de forma espetacular perante as duas médias
adversárias e solta no espaço para Malu, que carrega novamente na esquerda e
remata para Adriana agarrar acilmente. No minuto 41’ boa jogada desenhada pela equipa
de Gaia a sair em construção desde trás até que Queiroga remata dentro de área,
mas a finalização foi bloqueada e seguiu para canto. Perto dos 45’ e com a
defesa demasiado subida, por pouco o Valadares não chega à vantagem. Seppi distribui
para a direita, bola penteada para Baleia que segura de frente e espera o
overlapp de Queiroga. A ala carregou e entregou para Cris que só com a GR pela
frente se deslumbrou, demorando demasiado tempo até ser desarmada por uma
defesa.
A segunda parte deixou a dúvida se as equipas conseguiriam manter o mesmo
ritmo ou alguma iria acentuar o domínio e vincar o seu jogo de forma mais
posicional.
A partida continuou na mesma dinâmica no início da segunda parte, mas foi
mesmo o Damaiense a chegar à vantagem. Bola aliviada e Boland ganha o lance, deixa de frente para Rajaee que coloca nas costas para Lidiane. Parker que até tinha
o lance controlado, vê Seppi sair e abranda pois, a GR parecia cortar
o lance facilmente, só que a bola bate na relva e aumenta de velocidade enganando
Seppi e deixando Lidiane sozinha com a baliza pela frente, que não desperdiça a oportunidade
de marcar o primeiro para a sua equipa.
A equipa de Gaia não se estava a dar bem com a mudança para uma defesa a
4. Aos 58’ nova bola na profundidade e Parker facilita no atraso, falha o passe e
deixa Lidiane isolada com bola controlada, ainda que longe da baliza. A extrema
levou em velocidade e estava em 2vs1 com Boland, mas preferiu passar a defesa e
rematar muito fraco à entrada da área.
Perto dos 70’ a equipa de Gaia consegue uma resposta mais evidente. Ao ganhar
a 2ª bola lançam o contra-ataque para Malu receber no espaço e numa situação de
4vs2 + GR a avançada descaiu em demasia para a direita, tendo preferido o remate e a perder uma bela oportunidade para a sua equipa.
Aos 83’ livre batido no meio-campo para dentro de área e Assucena a pentear,
mas a bola a passar longe. Aos 87’ canto batido de forma curta e Inês Matos
vinda de trás ataca e ganha no ar, cabeceando a centímetros do
golo.
Até final e sem grandes oportunidades nesta segunda parte, fica a sensação que o Valadares
nunca conseguiu empurrar a equipa da Damaia para trás. A equipa de Gaia depois do golo sofrido pareceu não ter percebido como contrariar o plano de jogo do
adversário e assim dar a volta ao resultado.
Destaques do Valadares para Barboz que enquanto teve pernas foi
preenchendo o meio e servindo com qualidade as suas avançadas. Malu esteve bastante
em foco no jogo, tal foi a quantidade de vezes que conseguiu aparecer para finalizar,
mas não conseguiu fazê-lo com sucesso. Queiroga tentou levar a sua equipa para
a frente, mas a mudança de estratégia nunca a beneficou (tal como ao resto da
equipa). No lado do Damaiense, boa partida de Marta na frente de ataque
conseguindo esticar o jogo da sua equipa e lançar o pânico na defesa
adversária. Lidiane acaba por levar o prémio por resolver o jogo, numa partida
onde a espaços foi demonstrando a sua preponderância na ofensiva do Damaiense.
Cameirão e Rajaee conseguiram ganhar o duelo no centro do terreno e deram outra
qualidade com bola. Assucena na esquerda acabou por anular os ataques normalmente perigosos do adversário por aquele lado. Adriana defendeu tudo o que lhe apareceu pela frente, ainda
que sem defesas de extrema dificuldade.
0 Comentários