Mais uma boa jornada da Liga dos Campeões onde o Chelsea se
deslocou a Camp Nou depois de na primeira mão ter ficado 1-1 e consequentemente
a eliminatória em aberto.
Quase não houve
mudanças nos os onzes iniciais apresentados pelas duas equipas em relação à
primeira eliminatória. Chelsea trocou Pedro por Giroud e Barcelona Iniesta por
Paulinho. O esquema tático e as dinâmicas também continuaram praticamente
inalteradas.
Chelsea sem bola em 5-4-1
obrigando quase sempre o Barcelona a jogar para o lado ou para trás. Barcelona
com várias dinâmicas no sistema mas tendencialmente mais em 4-4-2 com Dembélé do lado direito a auxiliar muito no processo defensivo.
O 1º golo nasce logo aos 2 min
de jogo por uma jogada individual iniciada por Leo Messi que causa o
desequilíbrio na linha dos médios e dos defesas. Acaba por ter alguma sorte na
tabela de Dembélé para Suárez e este depois passa para Messi fazer o 1-0 (num
ângulo fechado).
O Guarda-redes Courtois podia
ter feito algo mais e parece mal batido pois deveria ter fechado bem o 1º
poste. Concordam?
Quando tinham a posse de bola os
médios do Chelsea a ligarem maioritariamente em zona mais interior (Fàbregas e
Kanté) e com Alas a projetarem no terreno (a dar largura) e a criarem uma
dinâmica de 3-4-3 onde o ponta mais fixo era o Giroud.
Algumas trocas e dinâmicas do baixar do Ala e da entrada do
médio ofensivo e vice-versa, sempre com o objetivo de baralhar as marcações e
criar espaços para um passe de rotura e/ou para tirar cruzamento.
Quando o Chelsea conseguia rodar o jogo e sair da pressão da
zona central criava sempre situações de dificuldade ao Barcelona pois conseguia
ter superioridade na zona dos corredores (2vs1).
A imagem mostra a 1º fase de construção do Barcelona e os
principais condicionamentos do Chelsea nas reposições de pontapé de baliza.
Usou sempre uma pressão alta para forçar que o adversário batesse e
dificultou a posse de bola desde essa zona.
A 1º fase de construção do Chelsea criava algum desconforto
no Barcelona pois defensivamente aceitavam a igualdade numérica 5 homens do
Chelsea para 5 homens do Barça.
Depois de um erro individual do central do Chelsea o
Barcelona faz o 2-0 numa transição rápida onde apanha a defesa desposicionada,
o Barcelona não perdoa e dilata a vantagem. 2ª oportunidade e 2º golo!
Ao intervalo eram esses os dados
estatísticos, uma maior posse de bola da equipa do Barcelona embora seja o
Chelsea que tenha tido as melhores oportunidades da primeira parte.
Depois do intervalo nenhuma das equipas fez substituições
nem alterações táticas. Ambas se mantiveram iguais com as suas identidades bem
marcadas, o Barcelona a pautar o jogo com muita posse de bola e o Chelsea a
procurar desequilibrar usando a largura dos Alas e as diagonais com os 2 médios
mais ofensivos.
Mesmo no último terço
os alas do Chelsea davam largura, depois de sair da zona central a bola era
colocada na largura mas o Barcelona soube ajustar rapidamente e bloquear quase
todos os cruzamentos para a área (destaque para Piqué e Umtiti).
Eis que perto dos 63minutos o Barcelona faz o 3-0… Como? A
jogada inicia com mais um erro individual (passe errado) do defesa do Chelsea e
com o Barcelona em transição rápida a aproveitar a descompensação da zona
defensiva do Chelsea para Messi, com a sua classe, fazer o seu golo nº100 na
Liga dos Campeões.
O resto do jogo foi o Chelsea a tentar procurar o golo e o
Barcelona a tentar manter a posse e a utilizar algumas transições aproveitando
o facto da defesa do Chelsea estar mais subida do que na primeira parte. Chelsea
ainda acaba o jogo com uma bola na trave, definitivamente não era o dia deles.
É triste uma equipa como o Chelsea que apresenta algumas ideias
diferentes e com dinâmicas invulgares a sair da Champions League… Mas o futebol
vive de golos e de quem marca por isso segue em frente (e com o seu mérito) a
equipa do Barcelona.
Vamos ver o que segue nos quartos-de-final!
Rui Gomes
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