Mais uma partida de Champions
League desta vez em Anfield, onde o Liverpool conseguiu uma vitória importantíssima
para uma possível passagem às meias-finais. Antes da bola rolar a maioria dos adeptos de futebol atribuíam o favoritismo à equipa do Man.City não só pelo futebol
que tem apresentado mas também pela sua classificação na Premier League, com quase
20 pontos de avanço sobre o Liverpool.
Ambas as equipas com sistemas idênticos
Liverpool em 4-3-3 e Man.City em 4-2-3-1.
O Liverpool levava a lição bem
estudada pois conseguiu desde cedo bloquear o portador de bola do City e também "cortar" as várias linhas de passe, obrigando o adversário a jogar para trás. A equipa da casa jogava
praticamente sempre atrás da linha da bola e tentava recuperá—la para
poder em transições rápidas criar perigo. A equipa do Man. City sempre com mais
posse de bola, mas sem conseguir criar grandes oportunidades de golo.
Por volta dos 10 minutos de jogo, o Man. City marca canto de forma curta e perde de bola, com poucos toques o Liverpool
chega à zona de finalização num contra-ataque rápido com Salah e Firmino na
jogada mas é o Egípcio que acaba mesmo por iniciar a progressão e finalizar com passe do Brasileiro. Festa em Anfield com o 1-0!
O City pressionava à saída e
obrigava o Liverpool a jogar longo para ganhar a primeira bola e depois colocar
a bola no chão iniciando assim as suas combinações.
Perto dos 20 minutos e depois de mais uma
transição o Liverpool consegue desorganizar a equipa do City e fazer o 2-0.
Vários jogadores saem no portador de bola e deixaram espaço na “zona 6” (demasiado desprotegida), mérito para Oxlade-Chamberlain que faz um grande golo,
mas deveria ter sido mais condicionado na altura que lhe chega a bola. Tanto
Fernandinho como Bruyne muito chegados ao lado da bola e Sané poderia ter
fechado mais por dentro.
Depois de fazer o 2-0 o Liverpool ganhou ainda mais confiança que estaria a usar a melhor estratégia para esta partida. Algumas vezes em bloco médio-baixo e onde se pode destacar o posicionamento dos 3 homens da
frente, sempre a auxiliar e solidários também na altura de defender.
A equipa do Liverpool sempre pronta para as transições onde apostava na velocidade dos homens da frente para usar o espaço nas
costas da defesa do Man.City. Destacou-se o GR Ederson que controlou bem essa profundidade.
O City sentia-se bem com bola,
mesmo quando pressionados, optavam por sair na 1ªfase de construção numa disposição de 3-2-4-1. Aproveitando a largura do Sané na esquerda e do Walker na direita, no
meio (nas costas dos 3 avançados do Liverpool) baixavam Bruyne e Fernandinho
para auxiliar a construção e para ligar o jogo.
Aos 30 minutos de jogo Anfield Road entra em
loucura com o 3-0! Uso da largura de Salah e mais uma vez a auxiliar a equipa
com um excelente cruzamento para a cabeça de Mané. Futebol prático e objetivo do Liverpool a
dar resultado nesta partida.
Nesta imagem (aos 38 minutos) consegue-se observar bem o que aconteceu em quase toda partida, Liverpool a ir
baixando a equipa e a colocar vários jogadores junto ao portador da bola. A
equipa da casa por vezes defendia em 4-1-4-1.
Na restante primeira parte o Man.City
tentou procurar espaços circulando a bola, mas nunca foi eficaz dada a boa
organização do adversário e alguma falta de objectividade. O Liverpool acaba até
por criar mais ocasiões antes da ida para os balneários.
Desde o início
da segunda parte que se notou que ambas as equipas não iam alterar as suas estratégias
definidas para o jogo.
Liverpool não
esperava o adversário no meio campo, procurava condicionar logo à saída, caso o
City conseguisse sair da primeira zona de pressão então aí iam baixando em bloco.
O Man.City demorou a perceber
que usando diagonais na largura para a velocidade dos seus extremos que
conseguiria desorganizar a equipa da casa e criaria mais oportunidades no
último terço. A segunda parte quase não
tem história pois foi idêntica à primeira em alguns aspectos. City ainda melhor e com mais posse mas uma equipa que não faz qualquer remate enquadrado à baliza
durante toda a partida terá que repensar noutras soluções se quer dar a volta
ao resultado no Etihad Stadium.
Na minha opinião
ganhou a equipa que foi mais solidária a defender e vertical e eficaz a atacar
… e na verdade são os golos que realmente contam
para conseguir passar à próxima fase! A eliminatória ainda não está definida,
veremos o que acontece na segunda mão.
Rui Gomes
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