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Ser ou Não Ser, Eis a Questão


Findada mais uma jornada desportiva do campeonato português e, com o aproximar do início da Champions um bocadinho mais a sério, continuam algumas dúvidas em relação ao rendimento de algumas equipas. Quais as causas? Quais as consequências? Onde poderão as peças ser mexidas? Quais as modificações a implementar? Afinal o que não está a resultar?
Pois bem, realmente, depois da célebre frase “carne para canhão”, o que se tem visto são jogos bastante equilibrados até ao findar da partida. Se o normal e o expectável era que os três grandes viessem a sentir menos dificuldades, a verdade é que têm sido outras equipas a apresentar um futebol vistoso e apelativo.
      E este tipo de equilíbrio suscitou-me algumas dúvidas… Serão mesmo as equipas ditas “pequenas” que melhoraram as suas performances ou, pelo contrário, serão os três grandes, que apesar de jogarem menos do que o costume, continuam a vencer apesar de tudo? Irei deixar esta questão para o Leitor, pois não será o foco principal do artigo.
          Aquilo a que se tem assistido é equipas como Rio Ave e Chaves a apresentarem qualidade no seu futebol, dando autênticos recitais daquilo que deveriam ser os jogos no Futebol Português mais vezes.  Por outro lado, assistimos também, a equipas como Marítimo de Daniel Ramos e Feirense de Nuno Manta, com equipas bastante equilibradas e, que sem montar um autocarro, tentam demonstrar a sua ideia de jogo, bem vincada. 


                Estas considerações deixaram-me a reflectir. Olhando ao que tem sido o início desta época, vejo um Benfica ainda à procura de uma identidade, que se ressente na falta dos seus laterais e, que incrivelmente deixou Luisão à procura de mais um parceiro para ensinar. Na frente, continuam com uma abundância de soluções, que começam a estar na hora de demonstrar competência e qualidade para uma equipa grande.
           E, segundo o que se leu no final de época, Rui Vitória disse que iriam existir algumas alterações tácticas na sua equipa. Talvez um plano “B”, não sei. E a realidade é que parece estar algo perdido entre o ser ou não ser e, esse é mesmo o cerne da questão.
                Uma equipa com algumas rotinas implementadas e, que fruto de análise mais detalhadas dos seus adversários, jogadores fora de forma e sem suprimir, por agora, as saídas de jogadores importantíssimos do plantel, não se conseguiu encontrar. A falta de laterais tem condicionado e muito a ideia de jogo de Rui Vitória, mas seria essa uma das alterações tácticas? Se saberia com o que contar, pensará em atacar mais a profundidade com avançados como Jimenéz e Seferovic? Ou a entrada de Grimaldo e Douglas manterá tudo na mesma?
              O outro lado da questão é que, de facto, Jonas e Pizzi são os melhores jogadores da equipa. Com um rendimento bastante constante, condicionam à partida qualquer alteração que queiram introduzir em relação ao Sistema Táctico. E não seria bom para o Benfica alterar alguma coisa que permitisse introduzir um futebol diferente e permitissem as tais declaradas alterações tácticas?
           No meio destas questões, continuo a achar que a equipa ainda está por definir, nesta fase inicial da época, sendo que a mensagem de Rui Vitória não conseguiu chegar por inteiro aos seus Atletas. Daí achar que ainda estão perdidos entre o que eram e o que se quer que venham a ser. Onde estão afinal as alterações introduzidas? Não estão, pois a equipa encontra-se perdida entre o ser ou não ser, mas Rui Vitória certamente encontrará respostas para aquilo que de menos bem estará a acontecer. No entanto, esperava que depois destas épocas, a equipa continuasse a caminhar no sentido de um futebol cada vez mais bem praticado e, que o equilíbrio pelo qual tem sido marcado desse lugar a novas correrias e novos desafios.
            Deixo uma consideração final. Se Rui Vitória aproveitou e bem, o trabalho implementado pelo Treinador anterior, mexendo algumas peças e introduzindo algumas modificações para estar mais próximo do seu Jogar, não estaria na hora de introduzir algum factor surpresa às outras equipas? Poderia também ajudar até na própria Liga dos Campeões, com uma adaptação das equipas à forma de Jogar do Benfica, por exemplo. Alguém imagina este Benfica em 1-3-4-3 ou em 1-3-5-2? Eu imagino, mas essa é só a minha imaginação a fervilhar.

Ricardo Carvalho

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