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Dez Estilos de Ensino de Futebol


A maneira de ensinar Futebol, seja em que faixa etária/escalão for, é algo que por vezes nos faz pensar. Não existem fórmulas mágicas nem formas unicamente correctas (senão todos seguiriam o mesmo padrão); existem sim estilos diferentes!
Na minha opinião existem estilos de treino mais adequados a determinada faixa etária, no entanto o Treinador deve “encarnar” diferentes estilos de ensino para cada escalão que treina e, dentro de cada escalão, saber que existem momentos diferenciados ao longo da época que impõem estilos de ensino diferentes. Por vezes dizemos que o Treinador “A” ou “B” tem uma forma de ensinar que se adequa mais a um determinado escalão. Embora cada estilo de ensino possa estar mais ou menos definido, existe, no meu entender, uma dezena de estilos de ensino-tipo que o Treinador deve colocar em acção dependendo do escalão, do plantel à disposição e do momento da época:

Comando: O Treinador toma as decisões e pretende que os atletas as cumpram na íntegra; apelidado nos dias de hoje como o “Treinador da Playstation”. Obviamente que em alguns escalões de base pode resultar, mas em escalões com maior complexidade, e onde o jogo exija pensar e rapidez, duvido que seja proveitoso. 

Tarefa: Os atletas praticam a tarefa proposta pelo Treinador. Idêntica à primeira, em que os atletas limitam-se a fazer o que é pedido e não existe espaço para “porquês”. 

Reciproco: Um atleta executa e outro avalia; provavelmente em escalões de base poderá ter um efeito positivo devido ao facto da competitividade intrínseca a cada criança e ao facto de quererem repetir até serem melhores do que o colega. 

Auto-avaliação: Os atletas auto-avaliam-se em função de critérios; poderá motivar o atleta a melhorar nos seus defeitos e deixar de olhar só para os dos colegas de equipa. 

Inclusivo: O Treinador organiza as tarefas com um objectivo comum e complexidade diferenciada; pode ser importante principalmente para escalões onde há grandes diferenças de qualidade entre os atletas. 

Descoberta Guiada: O Treinador planeia o objectivo e orienta os seus atletas até à sua descoberta; tem que existir alguma inteligência da parte dos atletas. Já quando José Mourinho treinava o FC Porto, ele utilizava este estilo de ensino, com os resultados que todos conhecemos.


Descoberta Convergente: O Treinador apresenta o problema e os atletas vão ao encontro da solução pretendida; penso que ter um grupo forte onde todos caminham para o mesmo objectivo e colocando o “nós” primeiro do que o “eu” poderá ser possível com este estilo. 

Descoberta Divergente: O Treinador apresenta um problema com múltiplas opções possíveis; para isso o grupo tem que se conhecer muito bem para, em consenso, resolver o que será melhor para resolver o problema. 

Programa Individual: O Treinador apresenta a generalidade do problema e os atletas programam e planeiam as soluções; este estilo requer que os atletas tenham conhecimentos ao nível do treino, de outra maneira não estarão a progredir. 

Iniciativa do Atleta: O atleta decide o conteúdo a abordar, planeando e definindo o programa de treino; neste estilo quase não existe o papel de Treinador de equipa, pois o seu nível decisão é praticamente nulo. 

Do 1º até ao 10º estilo enunciado vai-se aumentando o nível de decisão, sendo que nos primeiros a decisão passa mais pelo Treinador e nos últimos vai aumentando o nível de decisão para o jogador. Pessoalmente defendo que os estilos de ensino entre o 5º (Inclusivo) até ao 8º (Descoberta divergente) serão os mais equilibrados e os que, de uma maneira geral, irão ter mais sucesso no treino de Futebol. 
E vocês, o que acham sobre os vários estilos de ensino? Que outros estilos conhecem? Quais os que vocês aplicam?

                                                                             Rui Gomes


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