Unanimidade.
Consenso. Ser inânime. Ser consensual. Na Vida é extremamente difícil alcançar
o patamar que nos diz que somos “unânimes e consensuais”. No Futebol ainda
mais! Mas pontualmente lá surgem pessoas que parecem ser diferentes, mas que no
fundo são especiais. Pessoas cujo carisma, cuja nobreza, cuja forma de ser e
estar as eleva ao quase inatingível patamar dos “unânimes e consensuais”.
Pessoas como Pedroto, Eusébio e Damas, por exemplo.
Terá sido
especialmente o carácter nobre e humano de cada um deles que os transformou em
figuras ímpares do Futebol Português, que os tornou em “nomes” acima de
qualquer suspeita e que os fez serem admirados muito para lá dos clubes que
representaram. Acredito ainda que para isso contribuiu também tudo aquilo que
de bom fizeram para o enobrecimento e engrandecimento do Futebol. Em Portugal e
no Mundo.
Mas o que
diriam Pedroto, Eusébio e Damas se vissem a selvajaria reinante no nosso
Futebol? O que diriam Pedroto, Eusébio e Damas se vissem que todos os valores
pelos quais lutaram, e que tão difundiram com as suas performances, estão cada
vez mais soterrados na fossa em que transformaram o Futebol Português?
“Shame on
you”, diriam os ingleses. E com razão. Porque o Futebol em que Pedroto, Eusébio
e Damas viveram já não existe. Morreu! Morreu quando quiseram aproveitar-se da
paixão das pessoas para transformar o Futebol num negócio de milhões. Morreu
quando começaram a surgir os programas instigadores de ódio. Morreu quando
começaram a “nascer” e a proliferar os “paineleiros”, que não querem falar de
Futebol porque não gostam de Futebol e porque só lhes interessa destilar
veneno.
E por falar em
“paineleiros”, essas hienas do Futebol em Portugal…Os “paineleiros” mais não
são do que que a bactéria multi-resistente pandémica do Futebol Português. E
como tal são nocivos, destrutivos e contagiosos. São uma das pragas do nosso
Futebol. Tal como são todos aqueles que se servem do Futebol em vez de o servirem…
Acabem com os
Dias Seguintes, com os Trios de Ataque, com os Prolongamentos e afins. Deixem
de dar tempo de antena a quem não quer saber do Futebol. Deixem de dar voz a
quem só quer saber de intrigas, trafulhices e jogadas de bastidores.
Ou então
deixem de assistir a essa espécie de programas. Sem audiências eles acabarão
reduzidos ao seu real valor (ZERO) e os canais televisivos que os transmitem
não terão outro remédio para além de decretar o seu fim. Pode ser que assim
passem a preocupar-se verdadeiramente em criar programas com conteúdo e
qualidade.
Caso
contrário, senhores leitores, o Futebol caminhará a passos ainda mais largos
para o seu fim. E se isso acontecer…imaginem o que diriam Pedroto, Eusébio e
Damas?
Laurindo Filho
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