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A Arte da Eficácia - O Estreante TetraCampeão


            Jogo memorável para a consagração do Campeão com Pizzi e Companhia, LDA a fecharem qualquer dúvida que existisse em relação ao Vencedor da Liga Nós 2016/2017. 
          Douglas ainda evitou um desaire maior, mas a avalanche foi tal que só o desperdício na hora de finalizar permitiram um resultado de "apenas" 5-0, numa exibição de alto quilate. Nota para a emoção de alguns elementos que relevam o espírito de grupo sentido durante a presente época. 
              Alguns elementos de saída? Talvez, mas o futuro parece garantido.


Depois de uma Liga NOS bastante disputada até final, chega a hora de saudar os campeões. Por muito que tenha sido um campeonato disputado a três numa fase inicial, cedo se percebeu que seria uma corrida a dois e que quem aguentasse mais tempo durante a maratona iria subir ao lugar principal do pódio.
Com um início titubeante mesmo assim o SL Benfica colou no topo da tabela classificativa desde a 5ª Jornada e mais não descolou. Apesar de alguns percalços pelo caminho, onde se colocavam imensos pontos de interrogação em torno da gestão de Rui Vitória e restante equipa técnica, a verdade é que nos momentos difíceis a equipa manteve-se firme e conseguiu dar uma resposta perante uma massa associativa cada vez mais habituada a uma cultura de vitória.
Na viragem do ano civil, o líder viria a entrar mal no campeonato e a dar esperanças ao seu perseguidor mais directo. O FC Porto de NES, que vinha a introduzir o chip do “Somos Porto”, graças a uma série de vitórias no momento certo conseguiu colocar de novo algum alento nos rivais do actual campeão em prova.
Certo é que com uma das defesas menos batidas e um dos melhores ataques da prova (na actual jornada), o clube conseguiu reerguer-se e com uma união de grupo transmitida pela voz do seu treinador, conseguiu os pontos necessários para uma vitória justa no campeonato.
Um dos momentos cruciais seria o empate em pleno Estádio da Luz com o FC Porto. Foi sentimento generalizado de que os festejos do FC Porto não se poderiam traduzir no futuro Campeão Nacional e isso viria a ser demonstrado nas jornadas seguintes com um Benfica bastante competente e um FC Porto a escorregar sucessivamente numa altura proibida.
Com uma filosofia mais ou menos aceite pelos benfiquistas, Rui Vitória no seu tom calmo e sereno, foi passando a mensagem necessária para dentro do grupo. Competência, rigor e eficácia nos momentos certos seriam a chave para um longo caminho em que foram várias as lesões a afectar um grupo que foi sendo assombrado pelas constantes críticas em relação a benefícios por parte da arbitragem.
Apesar do estilo de jogo convencer menos do que em anos anteriores, assim como indica o número de pontos em relação ao ano anterior, a qualidade apresentada na construção do plantel e crescimento de Ederson, Nelson Semedo, Lindelof e Pizzi com o potenciamento de elementos de Zivkovic, Cervi, Grimaldo foram fulcrais para o aparecimento do novo Tetra-Campeão Nacional e, como tal, parece indiscutível que apesar de uma menor nota artística, brilhou este ano o colectivo e uma eficácia notável na hora de concretizar e defender.
É assim de saudar quem tanto lutou por um título com uma união de grupo e uma entreajuda notáveis e deixar uma nota aos vencidos, pois conseguiram equilibrar um campeonato em que cedo se percebeu da qualidade do plantel do SL Benfica.

Ricardo Carvalho


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